Empreendedorismo Feminino: Juntas somos mais fortes

Por Patrícia Castro, para Coletiva.net

Recentemente, ao participar de mais um curso sobre empreendedorismo, pude constatar que 90% das pessoas que ali estavam eram do sexo feminino. Segundo levantamento da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizado com 49 nações, o Brasil hoje é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras. São mais de 24 milhões de mulheres com seu negócio próprio, transformando empresas e gerando movimento. 

A liderança feminina tem ganhado cada vez mais força no mercado e as mulheres têm aumentado sua representatividade, inovado nas formas de trabalho. Com elas, surgem também novos desafios e oportunidades para serem exploradas nos negócios. A pesquisa ainda mostrou que, enquanto os homens dedicam, em média, 37,5 horas semanais ao negócio, as mulheres trabalham 30,8 horas. Os dados confirmam que conciliar melhor a jornada de trabalho com as tarefas domésticas é um dos grandes desafios para que as mulheres consigam melhores resultados no empreendimento próprio.

No meu caso, o trabalho com a comunicação, que é a chave para qualquer negócio, tem me aproximado de clientes de ambos os sexos, porém majoritariamente, são pequenas e médias empreendedoras. Assim como eu, elas estão buscando o seu espaço, incentivando outras mulheres e se multiplicando entre afazeres domésticos, papel de mãe, esposa, mulher e empresárias. 

Muitas delas me inspiram e me enchem de orgulho e admiração. Para mim, estas mulheres são empoderadas dentro e fora das suas áreas, como a Ana Cristiana, que se vira nos 30 para administrar a casa com três filhos adolescentes, as aulas como professora em um curso no Senac e o seu salão de beleza. A Eugênia, que com suas mãos de fada e sua sabedoria está sempre à disposição para fazer uma massagem, embelezar suas clientes ou aconselhar quem chega à sua estética. Já a Janete, não é mãe, mas como mulher, tem seu instinto materno e fez do seu amor e cuidado com os animais o seu negócio. A Luci, além de administrar a casa, filhos e marido, ainda desempenha um excelente papel profissional de produtora cultural. Já a Márcia, é a amiga, esposa, filha, irmã, empresária, jornalista e, agora, mãe do Pedro, que consegue dar conta de tudo e ainda por cima ser uma das principais referências na Comunicação do Estado. 

Não poderia vir aqui falar sobre empreendedorismo feminino sem citar estas mulheres com as quais troco figurinhas, compartilho histórias, erros, acertos, vitórias, dificuldades e aprendo todos os dias. Como empreendedora e jornalista, sinto-me na obrigação de dar voz e homenagear outras mulheres. Com garra e força de vontade podemos, sim, empreender e continuar nesta difícil caminhada quebrando barreiras, apoiando, incentivando e empoderando outras mulheres, tanto em suas vidas pessoais como profissionais, pois juntas somos mais fortes. 

Patrícia Castro é jornalista e repórter especial de Coletiva.net.

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