Reputação e Endomarketing: o que uma coisa tem a ver com a outra?

Por Tássia Jaeger, para Coletiva.net

Recentemente, em uma das minhas aulas da pós de Comunicação Corporativa, com uma professora excelente, por sinal, aprendi que a maior parte do valor de mercado das empresas é representada por ativos intangíveis, como: reputação, confiança, marca e cultura. Em se tratando de reputação, cabe explicar que ela é medida pela soma das percepções de clientes, investidores, fornecedores, regulamentadores, comunidade, analistas, mídia e empregados sobre seu produto e/ou serviço, performance, atividades, organização e, vejam só, empregados.

Como é possível notar, nesse processo de mensuração da reputação, vemos empregados como as pessoas que têm percepções, assim como as que estão sendo percebidas. Ou seja, os empregados são parte importantíssima da reputação da empresa, pois são levados em conta tanto quando avaliam, quanto quando são avaliados. São eles que elogiam ou criticam a empresa, e eles que são elogiados ou criticados como parte da empresa.

Entendida essa correlação, vamos dar mais um passo. Quando a reputação é positiva, resultado das somas das percepções dos públicos sobre os fatores-chave da organização, a empresa só tem a ganhar. Uma companhia com boa reputação é aquela que, geralmente, ocupa posição de liderança, detém a confiança e lealdade de seus públicos, apresenta os melhores resultados, tem menor risco de crise e mais rapidez de recuperação, e atrai os melhores talentos. Observe o último ponto: atrai os melhores talentos. Novamente, aqui falamos de empregados. Afinal, se a empresa é boa para se trabalhar, os bons profissionais querem fazer parte dela. E eu ainda incluiria, aqui, que uma organização com boa reputação retém os melhores talentos. Ou seja, os melhores ficam e os melhores vêm.

O que se tira de conclusão dessa breve análise é que reputação externa e endomarketing têm mais em comum do que você podia imaginar. Como já expliquei em artigos anteriores, endomarketing é um conjunto de estratégias e ações que buscam engajar o funcionário para os objetivos da empresa, assim como trabalhar internamente a imagem da organização, vendê-la para o empregado, a fim de gerar o orgulho de pertencer. Agora fica mais fácil ligar os pontos, não é mesmo? Se por meio do endomarketing é possível aumentar engajamento, senso de dono e orgulho de fazer parte, esse processo de comunicação é um grande aliado da reputação externa. Ao estar satisfeito com o seu trabalho, o colaborador se torna promotor da marca. E é aí que employee branding trabalha a favor da empresa.

Resultado dessa conta toda? Empregado feliz percebe os demais empregados felizes e uma parcela importante da reputação da empresa está garantida. Portanto, cabe a nós, profissionais de marketing e endomarketing trabalharmos a comunicação integrada para que interno e externo trabalhem juntos pelo objetivo maior de valorizar os ativos intangíveis citados no início desse artigo: reputação, confiança, marca e cultura.

Tássia Jaeger é analista de endomarketing e jornalista

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