Pandemia completa 12 meses no Brasil em seu pior momento. Caos exige tanto cuidado ao comunicar quanto para evitar o vírus.
Sexta-feira, 13 (!) de março de 2020. Os ponteiros apontam algo entre 17h30 e 18h no relógio da Padrinho Conteúdo e Assessoria, no Centro Histórico de Porto Alegre. Um dos diretores da agência faz um breve comunicado: segunda ninguém vem. Vamos trabalhar de casa na próxima semana e depois a gente vê o que acontece.
Suspeitávamos que a situação poderia levar, vá lá, um mês.
No entanto, cá estamos. Um ano depois, fazendo apuração, edição, diagramação, revisão, gravações e demais rotinas da Comunicação do aconchego do lar. Cada vez menos aconchegante à medida em que as notícias retratam o pior momento da pandemia.
Enquanto produzimos conteúdo para nossos clientes, os relatos das fontes dão o tom da preocupação generalizada com o futuro e, não raro, os entrevistados saúdam nosso trabalho de levar informação responsável à sociedade.
O que nos leva a refletir.
Nem vou falar de fake news, especificamente, porque o brasileiro é doutor no assunto.
Vamos além.
Diante de uma nova doença, naturalmente a comunidade científica corre em busca de informações e inicia pesquisas para conhecer o inimigo. No entanto, o ineditismo exige que algumas descobertas sejam feitas por tentativa e erro - e as notícias acompanham esse processo.
Incertezas que levam a população a duvidar das informações que consome e, pior ainda, vira terreno fértil para espalhar o produto que mais vende no mundo desde sempre: o medo.
Neste contexto, o jornalista precisa entender seu papel e atender as duas necessidades da sociedade: informação e compreensão.
Não foram poucas as vezes que profissionais da saúde, educação ou tecnologia me agradeceram pela oportunidade de rebater correntes que circulam nas redes sociais e desserviços do gênero.
Quando qualquer pessoa com um celular na mão pode virar influencer, a arte de reportar, o jornalismo meramente informativo (mas competente, profissional e sério), retoma com força e vigor o papel fundamental de seus primórdios.
Já a compreensão do contexto exige aprofundamento para leitura de cenários e a capacidade de traduzir isso para o público em geral. Pois o fato é que nossa equipe, ao refletir sobre o que agora se convencionou chamar ?primeiro ano da pandemia?, resolveu ir a campo para produzir uma série especial de podcasts.
Em 'Efeito Pandemia: Um Ano de Coronavírus no Brasil', ouvimos especialistas das áreas de saúde, educação, saúde mental, economia e tecnologia para entender os reflexos da pandemia em cada um destes setores e, se possível, o que aprendemos nesse período.
Confira no nosso Instagram [https://www.instagram.com/padrinhoconteudo/], Facebook [https://www.facebook.com/padrinhoagencia/] e no Spotify [https://open.spotify.com/user/padrinhoconteudo]. Depois nos conte o que achou.
Pedro Pereira é jornalista da Padrinho Conteúdo e Assessoria.