Muita gente anda lendo apenas o título das matérias. Outros passam os olhos no que chamamos de lead (informações básicas no primeiro parágrafo, para os leigos). Poucos se prendem até o fim do texto. Às vezes, uma reportagem não é tão fácil de ser entendida. Precisa ser lida e interpretada, atitude que um simples passar de olhos não é suficiente. Dependendo do tema, há até mesmo um sensacionalismo de início, com o intuito de chamar a atenção, modelo de jornalismo ao qual sou um pouco resistente. 

O assunto de hoje é sobre o quanto faz diferença na vida quando conseguimos ser claros na mensagem a passar, seja ela qual for. Na vida pessoal isso parece até mais fácil de expressar, pois depende apenas da vontade de expor e da organização dos próprios pensamentos. No profissional, melhor se os colegas de redação já conseguissem fazer isso no texto da notícia, mas nem sempre é assim. Muitas vezes, é preciso também dizer o que não é, além de só apontar o dedo. Quando não é esclarecido, as pessoas criam versões, entendem errado, distorcem o conteúdo. Torna-se mais complicado de entender.

As redes sociais somam muito neste quesito, para ajudar. Compartilhar a publicação do veículo e descrever o que realmente aconteceu é uma baita sacada. As pessoas vão saber por ti, pelo teu canal, pela tua página. A tua verdade estará exposta para quem quiser saber do que se passa de fato. Pessoas públicas contam, na maioria das vezes, com assessoria de comunicação para ajudar nisso. Escrever, geralmente, é coisa de jornalista, modéstia a parte. Mas tem quem faça isso tão bem quanto, pelo poder de comunicação, da palavra e da escrita. Gente que tem a noção de que as coisas não podem e nem devem ser mal interpretadas. E, principalmente, que valorizam a importância da boa comunicação.