Ciclos, sempre eles

Por Cris De Luca

Acho que já falei por aqui que sou uma pessoa que acredita muito em energias e em ciclos. Algumas vezes, temos a tendência em pensar que ciclos são sempre longos espaços de tempo que têm um começo, um meio e um fim, mas, pelo menos pra mim, não é bem assim. Se formos pensar bem, um dia é um ciclo de 24 horas no qual muita coisa pode acontecer.

Eu acabo sempre focando em um pouco maior, no que se inicia em um aniversário meu e termina na véspera do próximo. E digamos que este último que está prestes a se encerrar, não foi dos mais tranquilos. Até eu que nunca acreditei em inferno astral, passei a acreditar. Acho que veio acumulado dos outros 38 anos.

Neste ano, especialmente, alguns ciclos resolveram se encerrar todos juntos, alguns já esperados, outros mais ou menos, mas uma coisa é fato, sempre dá uma bagunçada e uma desestabilizada na vida. E é sempre naquele momento em que tu precisas ter mais foco. No meu caso, o TCC - um destes ciclos com data marcada para terminar, inclusive.

Então, no encerramento de 2018, teremos final/início de ciclo astral, de ciclo acadêmico e de ciclo profissional. Só não vai ter final de relacionamento, porque não me dei chance para ter um nos últimos anos. E, nessa loucura (de dizer que não te quero) toda, quem já passou por isso vai me entender, por mais que a gente saiba que ciclos sempre têm um fim, a gente se sente um tanto impotente. Principalmente, quando acontece tutoxuntoemisturado.

Nas últimas semanas, muito sentimento passou por aqui: culpa por não conseguir atingir algumas expectativas, insegurança de não saber o que vem pela frente, me senti muito incapaz, um nada algumas vezes, como se não fosse dar conta das responsabilidades que assumi. Chorei um bocado. Ainda choro. E, não, não consegui pensar em nenhum plano ou em próximos passos. A única coisa em mente no momento é, realmente, o TCC e a banca.

Por que estou compartilhando isso com vocês? Porque tenho certeza que aí do outro lado tem muita gente se sentindo assim, principalmente, mulheres. A gente coloca (ou colocam) na nossa cabeça que precisa ser forte o tempo todo, que precisa dar conta de tudo, que precisamos ser maravilhosas em todas as áreas, que se não for assim a gente nunca vai ser reconhecida ou vai conquistar o nosso espaço, que ser vulnerável é ruim. Não, não é nada disso.

A gente tem que se permitir: investir e errar, apostar e perder, arriscar e fracassar, mas, principalmente, não se culpar e sofrer demais por isso. Porque pode ser que de um erro, de uma perda ou de um fracasso, nasça uma oportunidade incrível, nunca esperada. Pode ser que você enxergue outras potencialidades em ti e um mundo novo a ser explorado que nunca passou pela tua cabeça.

Sou uma sagitariana incorrigível neste quesito (e em outros também) e, por mais que esteja difícil, preciso ver e sentir o lado bom do que está acontecendo. Para o alto e avante, como dizem por aí. Agora, vou voltar para o TCC! <3

Autor
Jornalista, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina, especialista em Marketing e mestre em Comunicação - e futura relações-públicas. Possui experiência em assessoria de imprensa, comunicação corporativa, produção de conteúdo e relacionamento. Apaixonada por Marketing de Influência, também integra a diretoria da ABRP RS/SC e é professora visitante na Unisinos e no Senac RS.

Comentários