Por Gerônimo

      Filmes sobre os índios americanos (especificamente Gerônimo e Dança com Lobos) são esclarecedores para quem ainda não dimensiona o forte sentimento pró-guerra que emana …

      Filmes sobre os índios americanos (especificamente Gerônimo e Dança com Lobos) são esclarecedores para quem ainda não dimensiona o forte sentimento pró-guerra que emana dos Estados Unidos. Estavam lá os índios e suas famílias e o homem branco vem devastando, prendendo e mentindo. "Vamos desarmar os índios", dizia o Gen Crook. A mentira e o engodo são as marcas deixadas na memória sobre as ditas "negociações" com os índios. Na reunião dos líderes pró-guerra na Ilha dos Açores, foi dito que as riquezas naturais do Iraque sempre serão dos iraquianos. Isso lembra as promessas feitas a Gerônimo, nunca cumpridas. Imaginem a existência de uma resolução que impedisse o extermínio dos índios norte-americanos na ampliação das fronteiras dos Estados Unidos. Os casacos azuis teriam passado por cima da mesma forma como modificaram o perfil do oeste americano. Fica a impotência, o estarrecimento e a lição não aprendida. Gostaria de não pertencer ao povo do homem branco, infelizmente tão numeroso quanto as estrelas.
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      Enquanto isso, em Porto Alegre, a música erudita move fiéis aos teatros. No tradicional café, champagne no lugar da cerveja. No palco, Nélson Freire bisa várias vezes para que o público possa sair em paz. Trata-se de o pianista, ao vivo, quando a arte supera a guerra. Concertos Sesi. A resposta gaúcha aos Açores.
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