"Isso de ser exatamente o que se é ainda vai nos levar além", como bem diz Paulo Leminski. Tem coisas que são da gente, que vem no combo da vida, que saem naturalmente. Quando conseguimos trazer as vantagens, qualidades, olhares e diferentes percepções à nossa profissão, criamos diferenciais que agregam valor. Tudo isso, quando acontece ao natural, sem segundas intenções, agrada muita gente. E desagrada outras, fato consumado.

Sempre acreditei que quem é bom e se garante no que se propõe a fazer e entregar, não deve temer a concorrência. Até porque concorrência é sinônimo de que existe demanda, que o teu trabalho é necessário, indispensável e que o mercado está aceso e alerta. Saber que tem gente de olho no que tu faz, em como tu faz e no resultado que isso alcança, te provoca a ir além. Coisa bem boa esse movimento todo. O que seria de nós se não fosse o desafio de nos superar diariamente? De nos surpreender? De ousar, arriscar e ver que vale a pena se testar? 

A proatividade irrita também, da mesma forma que alerta, sinaliza, auxilia, completa, inicia e conquista. É uma habilidade que atrai pessoas que valorizam este perfil, que te dão respaldo para exercer a função determinada e a tranquilidade em executar. Aí entra o verdadeiro significado de equipe. Um complementa o outro, se encaixa porque são peças-chave para o perfeito andamento do objetivo final. Mas a tranquilidade de atitudes pró-ativas - e reconhecidas - também repele.

Saber lidar com melindres ainda está na lista das tarefas a serem absorvidas e aprendidas. Saber reconhecer a atitude nobre de um colega, que só quer agregar, só é bem entendida por pessoas que não tem medo da concorrência, que acreditam que a qualidade do vizinho vai servir de exemplo e não de ameaça. Talvez uma pitada de ingenuidade misturada com confiança faz com que muita gente nem perca tempo refletindo sobre isso, mas inspira esta mera jornalista que tem a mania de enxergar o lado bom de todas as coisas.