Adeus, Roger! Adeus, Mano!

Por Rafael Cechin

21/08/2025 12:00 / Atualizado em 21/08/2025 12:08
Adeus, Roger! Adeus, Mano!

Raríssimas vezes se viu em nossa eterna gangorra uma realidade cruel como a que estamos vivendo no momento: os dois clubes se equilibram por baixo. Talvez seja, precisamos encarar, um novo parâmetro, no qual não seremos mais gigantes que batam os do centro do país. O que ocorre é que está sendo dolorido para as torcidas, para a imprensa, para as direções. O futebol gaúcho perdeu força.

A eliminação do Inter na Libertadores para o Flamengo deixou isso bem claro. Em instante algum de quase 200 minutos de disputa os colorados sequer estiveram perto de fazer frente aos cariocas. Superioridade extrema. Vergonhosa, até. Os dirigentes vermelhos preservam Roger Machado em sua função, mas não se percebe o que o treinador ainda possa evoluir.

A equipe é muito lenta e previsível faz tempo em sua movimentação de ataque, ficando vulnerável também na defesa por conta da falta de agilidade. O atual técnico não encontra soluções, o que também acontece há meses no outro lado da gangorra. Os tricolores convivem com esse drama.

Manter o Mano Menezes é uma decisão de alto risco da direção do Grêmio. Até porque o treinador já foi demitido, só falta saber quando sai. Realmente o elenco foi mal montado, os dirigentes são os principais culpados pela falta de convicção, de critérios e por contratar jogadores insuficientes para quase todas as posições. Mas uma pergunta: será que o grupo de atletas do Mirassol é melhor do que o do Grêmio? Acho que não. Então o técnico tem, assim como Roger no Inter, muita responsabilidade. 

Não se vê futebol no tricolor. Muita ruindade. A defesa está sempre exposta, o ataque depende apenas de jogadas individuais e de balões, não tem meio-campo, tem nada. Não é resultado, porque veio um alento na última rodada fora de casa contra o Atlético-MG, o problema é o desempenho. 

Para mim o Mano e o Roger deveriam ter caído, infelizmente. Não importa agora se têm ou não substitutos imediatos, se as multas rescisórias são muito altas. Trocar o técnico é fundamental nessa altura da temporada. Com um turno pela frente no Brasileirão, é hora de se reanimar para lutar por algo a mais ou ao menos para evitar o drama de brigar contra o Z-4 até dezembro.

A manutenção dos dois profissionais tem ares de dejavu na dupla Gre-Nal. Em 2023, depois de eliminações em sequência, Mano foi mantido no cargo que ocupava no Inter também por uma decisão arriscada dos dirigentes. Durou pouco. Meses adiante, foi mandado embora. Destino que parece selado para ambos treinadores em 2025. É necessário. Só resta a coragem das direções em decidir. Que seja logo.