Live na atual vida real

Por Grazi Araujo

Estamos vivendo a era digital como nunca antes vivido pela maioria das pessoas deste planeta. 

Entre tanta coisa, temos lives de especialistas em diferentes setores, conhecidos e desconhecidos. Elas estão espalhadas por todas as plataformas digitais, reunindo pessoas de diferentes lugares do Estado, do País, do mundo! Interagimos com comentários, compartilhamos link com amigos, assistimos algumas fora de hora para não perder o conteúdo, deixamos o fone nos ouvidos enquanto lavamos louça. O fato é que adaptamos a nossa nova rotina a esse novo tipo de encontro cada vez mais frequente e essencial para quem gosta de estar sempre aprendendo. Acho realmente que muitas vieram para ficar. E que bom! 

Eu sou uma das responsáveis pela organização de uma live semanal, prestigiado por empreendedores do varejo e de serviços, com dia da semana e hora marcados. A cada edição é um desafio, desde o tema, passando pela história do convidado, layout do card, divulgação até contar com a sorte da tecnologia para que nada trave ou não conecte na hora marcada. Quando tudo está no ar, os números de participantes aumentando e a reação da galera sendo positiva nos comentários, é correr pro abraço (do filho, do marido e do cachorro, únicos que posso abraçar no atual momento). 

Diante dessa nova forma de absorver conteúdo, de ouvir bons cases e de me sentir realmente muito mais próxima de muita gente que o distanciamento social está proporcionando, o que mais me chamou atenção e me levou a escrever sobre isso foi uma afirmação que um dos meus amigos falou quando atingimos a marca de 200 espectadores conectados ao mesmo tempo: "é como se estivéssemos todos em uma grande sala de reuniões, compartilhando conteúdo e conhecimento". 

Não sei quanto tempo eu vou demorar para ter coragem de estar num lugar, fisicamente, com tanta gente junto e reunida. Se tivéssemos na nossa "vida normal", talvez não tivesse recurso para realizar um evento por semana deste tamanho que conseguimos criar em pouco mais de três meses. Talvez muitos dos convidados e também dos participantes tivessem conflito de agenda e de disponibilidade. Poderíamos nos atrasar pelo congestionamento, pela demanda de trabalho do dia ou de qualquer uma das tantas atividades que tínhamos e que nos impediam de sermos mais flexíveis. 

Toda essa pandemia trouxe inúmeros prejuízos, é fato. Mas, olhando pelo lado cheio do copo, também nos ensina diariamente que podemos nos reinventar como pessoas, profissionais, alunos. Tem muita coisa difícil, sim. Mas iniciativas que são pensadas e executadas para agregar nos mostram que uma crise desperta e exige criatividade para que possamos seguir sempre em frente.

Autor
Grazielle Corrêa de Araujo é formada em Jornalismo, pela Unisinos, tem MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político, na Estácio de Sá, pós-graduação em Marketing de Serviços, pela ESPM, e MBA em Propaganda, Marketing e Comunicação Integrada, pela Cândido Mendes. Atualmente orienta a comunicação da bancada municipal do Novo na Câmara dos Vereadores, assessorando os vereadores Felipe Camozzato e Mari Pimentel, além de atuar na redação da Casa. Também responde pela Comunicação Social da Sociedade de Cardiologia do RS (Socergs) e da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV). Nos últimos dois anos, esteve à frente da Comunicação Social na Casa Civil do Rio Grande do Sul. Tem o site www.graziaraujo.com

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