Então tá tudo combinado. Tudo certo, encaminhado. Agora, só falta acontecer. A questão toda é que não é só. Para acontecer, muitas coisas dependem de variáveis. Algumas, mais sob nossa gestão, como dedicação, iniciativa, inovação, empreendedorismo e busca pelo conhecimento. Nestes, podemos de uma forma ou outra, agir. 

Aí entram as variáveis incontroláveis e nesse ano de 2020 teve uma em especial que bagunçou tudo. Então, o combinado foi descombinado à força. Mas se a pessoa ainda pode ter uma casa, comida e uma cama, em princípio ela pode fazer muito, muito mesmo. Claro que para fazer reuniões por vídeo precisa de internet. E isso custa dinheiro e sem isso a coisa não acontece. Falo de condições básicas ou de desenvolver atividades que não envolvam tão diretamente o uso de internet. 

O ser humano é dotado de quase infinitas capacidades. O cérebro, apesar de estar sendo muito mais conhecido do que há algumas décadas, ainda tem uma grande área de desconhecimento. E, do meu ponto de vista, muito mais de riquezas, possibilidades, do que de limitações. 

O que acontece é que (e isso é natural de acontecer no dia a dia) as pessoas estão enxergando perto, só. Isso quer dizer que reduzem as perspectivas do que podem fazer, por onde podem ir, que recursos (seus ou não) podem utilizar. Por isso eu e inúmeras outras pessoas insistem que tudo passa pelo aumento de repertório, seja ele de conhecimento, experiências, troca de ideias, o escopo é enorme. Mas o objetivo é um só: ampliar a visão de mundo através de conhecimento e experiências. Porque, ao ampliar a visão de mundo, ampliam-se as possibilidades como um todo.

Sim, eu sei que a rotina (não vamos glamourizar) é muitas vezes um moedor de carne de ideias, desejos e até de energia. Claro que sei disso e não estou negando. O que eu venho aqui pedir a você é que tente encontrar pequenas fissuras no tempo, em que consigam entrar em contato com algo diferente ou mesmo parar para pensar um pouco nas coisas. Isso pode vir através de leituras, filmes, conversas, meditação, música e várias outras formas, variando muito de pessoa para pessoa. Pode ser ficar algum tempinho em um banco, numa praça ou olhando o horizonte na beira do rio ou mar.

A potência que têm esses pequenos momentos é gigante. Fiz e faço isso e não me tomo só como medida, sei e conheço muitas outras pessoas que fazem o mesmo e colhem resultados. Que não necessariamente se traduzem em ganhos de produtividade ou resultado financeiro. Podem ou não. Mas também podem se traduzir em ganho de energia ou, o objetivo final de tudo isso, de felicidade. 

Então tá combinado. Dei umas dicas de como fazer. Agora, só fazer. Você e eu. Vamos tentar?