Dizem por aí que zona de conforto é um lugar bom. Um lugar macio, onde nada machuca, onde tudo já está no jeito. Mas vou te contar: tem zona de conforto que mais parece jaula disfarçada. A gente se acostuma ao raso, ao morno, ao incômodo. E como não dói tanto, a gente fica.
Às vezes, o problema não é o que falta, mas o que sobra de medo. Medo de tentar de novo. Medo de descobrir que existe mais. Medo de quebrar o pacto de silêncio com o desconforto que virou rotina. Tem gente que chama isso de maturidade. Eu chamo de cansaço.
E tem uma hora em que a gente começa a acreditar que é só isso que merece. Que não vale a pena querer diferente, querer melhor. Que pedir mais seria ingratidão. Mas não é. Querer o que te faz respirar mais fundo não é egoísmo, é sobrevivência.
Se acostumar com pouco pode ser confortável, sim. Mas não é justo com tudo que você pode ser.
Com Amor, Vida.