O que vale é render sendo feliz

24/11/2017 15:51

"Isso de ser exatamente o que se é ainda vai nos levar além", como já diz o poema. Sou suspeita para falar sobre isso, já que a autenticidade está entre as minhas características mais fortes. Mas o que me inspirou para o texto de hoje foi uma conversa com uma amiga quando me contou a razão da sua demissão: "fui demitida porque eu ria muito. Nem o RH soube me explicar, já que eu sempre batia as metas e rendia um monte. O motivo de eu ser 'faceira' foi a causa da minha demissão". Pode isso, Arnaldo? Ainda bem que ela saiu dessa empresa chata, quadrada e que, por ironia do destino, acabou falindo.

Você, que está lendo este texto, prefere trabalhar com gente chata ou gente feliz? Com pessoas mal humoradas ou de bem com a vida? Que gostam do que fazem e se realizam com isso, ou quem está ali por obrigação, sem prazer algum? Eu não tenho dúvidas de qual tipo de colega escolheria para dividir a maioria das horas do meu dia, para compartilhar pautas, segredos, almoços, fofocas e perrengues.

Eu gosto ? e que seja sempre assim ? de trabalhar com a liberdade de criar, de propor mudanças, de inovar processos. Claro que de acordo com a realidade de cada empresa, mas sempre com o astral lá em cima (salvo dias de TPM, se bem que nada que um chocolate não resolva).

As relações de trabalho mudaram já faz um tempo e as empresas que continuarem naquela chatice de bater ponto, cumprir horário e ver a equipe de forma vertical, vai perder os bons. Tem quem renda assim, mas tem, também, quem prefira o home office, o coworking, o café da esquina. Com um celular na mão e a cabeça cheia de boas ideias, o resto é só o resto. Eu ainda vou ler este texto daqui um tempo e ver que essa inspiração rendeu não só para a coluna desta semana, mas para um novo jeito de viver a vida.