Eu não vou chorar. Me despeço com carinho por tamanha utilidade, velocidade e capacidade de armazenamento. Foram anos de convívio mas estamos - aos poucos e rapidamente -, não precisando mais um do outro. Eu não tô sentindo falta alguma dessas múltiplas caixas que passaram a se resumir quase que só em spam. Tamanho desprendimento me faz esquecer repetidamente a senha de login quando preciso acessar de um dispositivo não cadastrado, para acessar depois de algum aviso que tem algo a ser lido. São aquelas coisas que cumpriram seu papel com excelência, mas que foram absorvidos pela tecnologia, pela velocidade da comunicação e facilidade das coisas.

Lembro quando o mestre Dado Schneider um dia comentou sobre o desuso que o email teria em alguns anos (isso ele já disse há uns três anos). Bingo! O WhatsApp chegou para revolucionar com tudo (só falta o treme-treme do Msn para chamar a atenção).

Eu lembro ainda do meu primeiro email, com o domínio @bol. Depois veio o @uol, seguido pelo @hotmail. Quando surgiu o @gmail, meu Deus, que revolução! Lembro da minha alegria quando fiz o domínio @graziaraujo.com. E hoje? A cada dia eles ficam mais empoeirados, são deletados sem ao menos serem abertos e visualizados quando alguém avisa. É gente, o tempo realmente está passando cada vez mais rápido, não é papo de vó.

Acompanhar tantas mudanças nas formas de se comunicar é motivador e enlouquecedor, na mesma proporção. Trocamos as ferramentas, mas não os fins. Todos servem para dar o recado e para trocar informações, sem medir distância e hora. Sempre achei uma bobice aquela história de "vou te enviar por email para ficar registrado", mas sempre achei muito útil para armazenar dados. Ele se tornou o antigo baú, com coisas valiosas, algumas até sigilosas e muita tranqueira. Vira e mexe eu vou ali, seleciono quase todos de uma vez e clico na lixeira, sem dor no coração. Sim, como eu disse no início do texto, já desapeguei. Confesso que tô curiosa para saber o que vem pela frente, com a certeza que será cada vez melhor e mais útil.