Será que passarei a desacreditar no tal inferno astral?

Por Márcia Martins

05/06/2025 13:24
Será que passarei a desacreditar no tal inferno astral?

Depois de anos e anos de convivência indesejada com o chamado inferno astral, período que consiste nos 30 dias anteriores à data do aniversário da pessoa e onde tudo de ruim pode acontecer (conforme a crença astrológica), posso dizer que, neste 2025, não passei assim por dias tão complicados. Como já confessei em recente coluna, para uma geminiana, que não é na primeira impressão um ser extremamente fácil de entender (embora fique perfeitamente compreensível e meigo com o passar do tempo), o inferno astral é desafiador e angustiante porque comentam que tudo conspira contra o futuro aniversariante.

Arrisco pensar que passarei a desacreditar no tal inferno astral. Porque vivi (e espero não estar sendo precipitada uma vez que até 8 de junho, data final do inferno, alguma encrenca pode surgir) dias bem normais neste período sempre tão horrendo. As energias negativas que passeiam sem ser convidadas pela rotina do futuro aniversariante estiveram bem afastadas de mim neste inferno astral. Não tive que enfrentar situações tristes e embaraçosas e parece que a falta de sorte (não digo nem sob pressão a palavra certa para isso) desviou da minha rotina.

Logo, o meu período tenebroso que antecede a data do aniversário (por favor, anotem que é dia 9 de junho porque geminiana do segundo decanato valoriza muito a troca mental e a conexão emocional com todes, isto é, não gosta de ser esquecida), neste pré-aniversário foi quase de lua de mel com a vida. Sem grandes problemas, apenas os plenamente aceitáveis. Sem desilusões maiores, sejam elas nas relações pessoais ou profissionais (que no meu caso mesmo já aposentada ainda convivo com colegas dos lugares onde trabalhei). Sem sustos inesperados com a saúde.

Talvez porque não tenha pensado tanto no inferno astral ele tenha se sentido, digamos assim, intimidado a comparecer nos meus 30 dias anteriores à data do aniversário. Somente na quarta-feira (4 de junho), no lançamento do livro "A história perdida das benzedeiras gaúchas" do Carlos Wagner com fotos do Emílio Pedroso, a amiga Jurema Josefa, que acompanha minhas postagens nas redes sociais e em grupos de whats que partilhamos, comentou que meu inferno astral parecia mais tranquilo, mais bondoso e menos assíduo comigo em 2025. E foi quando caiu a minha ficha de que realmente meus dias não foram assim tão infernais.

Então, essa geminiana que escreve semanalmente aqui no portal Coletiva, às vezes sobre assuntos mais ásperos e até polêmicos, resolveu, às vésperas de iniciar um novo ciclo com a passagem do aniversário em 9 de junho (mais uma vez lembrando vocês), dividir com seus leitores e leitoras uma feliz experiência com o inferno astral. Não foi tão assustador como em períodos anteriores. Não teve tanta falta de sorte como em outros anos. Não foi tão horripilante como nos períodos passados. O resto é o resto. Mas o básico é agradecer pela vida, muito generosa comigo e seguir em frente.