As torcidas da dupla Gre-Nal não têm mesmo paz. Faz alguns anos, só comemoram a desgraça do rival. É o que está acontecendo agora, em outro ano perdido, porque ninguém tem motivos para celebrar as próprias vitórias. Lamentável. Mais uma temporada na qual somos coadjuvantes, com a diferença para os gigantes do centro do país se abrindo cada vez mais. Viramos times médios, rumando para sermos pequenos.
Antigamente um copiava o rival nas coisas boas. Os colorados vibraram com os títulos brasileiros na década de 1970, os tricolores não sossegaram enquanto não levantaram a taça. Na Libertadores foi o lado azul quem abriu a porta para os títulos que viraram obsessão para o lado vermelho. Agora, os dois se seguem na mediocridade.
O Inter está com o Roger pendurado na corda bamba, quase caindo. A falta de rapidez, de efetividade e ao mesmo tempo a fragilidade do time perante os adversários só aumenta. No último sábado (23) contra o Cruzeiro o time mineiro derrotou os colorados quando apertou um pouco mais. A direção não fez um trabalho completo nos últimos cinco anos, arrisca novamente ao manter o técnico.
O mesmo vale para o Grêmio, que no melancólico empate com o Ceará, de novo na Arena, mostrou um futebol insuficiene. A permanência do Mano, sabe-se lá até quando, é uma ameaça. Pode ser que não dê mais para buscar algo relevante no Brasileirão depois que trocar o treinador.
O meio de semana não tem jogos da dupla Gre-Nal porque os dois caíram na Copa do Brasil. Um alívio para as nossas torcidas. A situação no Brasileirão, que vai ser a única realidade até o final deste ano, tem Inter e Grêmio na metade de baixo da tabela, atrás da maioria dos grandes do país, do Bragantino, do Mirassol e do Ceará.
A distância para o primeiro colocado já está acima da faixa dos 20 pontos. Teria de tirar mais de um ponto de diferença por rodada até o fim, então o título já foi. Em relação ao G-4 e ao G-6, que dão vagas para a Libertadores, também está abrindo cada vez mais. Se demorar muito para reagir a dupla só vai mesmo poder brigar por Sul-Americana e contra o rebaixamento. Até quando? Vamos torcer. É o que nos resta.