Após 33 anos, Renato Dornelles não faz mais parte do Grupo RBS

Jornalista foi desligado da empresa na manhã desta terça-feira, 23

Renato Dornelles em serviço pela rádio Gaúcha - Arquivo pessoal

A manhã desta terça-feira, 23, marcou a despedida do jornalista Renato Dornelles do Grupo RBS - do qual fazia parte há 33 anos. O profissional, em conversa com Coletiva.net, contou que o seu desligamento foi justificado como parte de "uma reestruturação da empresa" e que a sua vaga será fechada. "A decisão foi unilateral e, provavelmente, tem relação com a minha faixa salarial, por ser muito antigo na casa", frisou.

Renatinho, como é conhecido, ressaltou que, durante a sua trajetória no grupo, ajudou a implementar o Diário Gaúcho, em 2000, e que atuou em diversas funções dentro da empresa, como repórter, editor e colunista. Atualmente, assinava duas colunas no DG, a 'Chora Cavaco', sobre samba, e a 'Boletim de Ocorrência', que abordava segurança pública - área da qual também era repórter e editor substituto nos dois jornais do grupo na Capital e para o site GaúchaZH. Ele também relembrou que trabalhou em três rádios do conglomerado midiático: Gaúcha, Farroupilha e a extinta Metrô FM.

"Saio muito tranquilo por saber que o problema não é comigo. Tenho mais de 30 prêmios na bagagem e sei que estava fazendo um bom trabalho", contou. O jornalista também destacou que, analisando os movimentos da empresa, acreditava que seria demitido mais cedo ou mais tarde: "Não digo que esperava para hoje, mas sabia que uma hora isso iria acontecer, pois diversos profissionais com mais tempo de casa, assim como eu, estão sendo dispensados".

Em seu último dia de redação, Renatinho confessou que se emocionou ao ver que inspirou muitas pessoas na empresa. "A despedida foi muito gratificante, pois diversos colegas choraram na redação e me contaram que aprenderam muito comigo. Mas, na verdade, foi uma troca, em que aprendi tanto quanto eles", contou.

Sobre o futuro, o jornalista falou ao portal que ainda não sabe quais serão os seus próximos passos, mas que seguirá trabalhando em seus projetos pessoais, que são documentários e livros. Em 2017, Renato lançou 'Central: O Filme', do qual é codiretor. A produção é baseada em sua obra 'Falange Gaúcha - a história do Crime Organizado no RS'.

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