Diário Popular, de Pelotas, passa a imprimir no parque gráfico do Grupo RBS

Com mudança, periódico dispensou 16 trabalhadores

Última vez que a rotativa do Diário Popular funcionou, nesta madrugada - Reprodução

 O Diário Popular, de Pelotas, jornal mais longevo do Rio Grande do Sul, a partir da noite desta segunda-feira, 20, passa a ter as suas páginas impressas na gráfica UMA, pertencente ao Grupo RBS, onde são rodados Diário Gaúcho e Zero Hora. Com a mudança, no entanto, 10 funcionários do setor industrial e mais seis encartadores do periódico do Interior foram dispensados.

 De acordo com Virgínia Fetter, diretora-superintendente do Diário Popular, em conversa com Coletiva.net, a decisão de desativar a rotativa própria se deu por conta dos altos custos de produção e, também, visando a melhorar a qualidade gráfica do periódico. Segundo ela, a mudança foi protelada por anos, justamente para preservar os colaboradores. No entanto, com a queda de publicidade no impresso, ficou muito pesado para a empresa manter a sua estrutura completa. 

 De acordo com Virgínia, os desligamentos foram todos feitos através do sindicato e os funcionários já estavam cientes de que, para continuarem imprimindo em Pelotas, o jornal precisaria fazer um grande investimento em máquinas, o qual era inviável, uma vez que não entram novas receitas. "Infelizmente, não tivemos como realoca-los em outros setores, uma vez que eles atuavam há anos no industrial, o que desativamos", lamentou.

 Com a nova apresentação gráfica, o jornal de Pelotas aumenta o número de páginas coloridas e busca transferir maior qualidade gráfica a toda a edição. "O Diário Popular ficou mais bonito e mais prático. A zona sul do Estado continuará muito bem informada no futuro", finalizou Virginia Fetter.

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