Em 22 de outubro de 2010, Coletiva.net noticiava: Raridades jornalísticas

Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa tornava público o Inventário de jornais raros

Há oito anos era anunciado o lançamento de um documento com mais de 700 publicações editadas entre 1827 e 1924, produzido pelo Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa. Faltando seis meses para os 20 anos de Coletiva.net, o portal entrevistou Carlos Roberto Saraiva da Costa Leite, coordenador do setor de imprensa do espaço. Ele lembrou que tudo começou em 2006, em uma parceria com a Petrobrás Cultural. "Nós tivemos algumas dificuldades para fazer o projeto acontecer, como, por exemplo, retirar antigos armários que estavam apodrecidos e com cupins e trocá-los por estruturas de ferro mais adequadas", disse.

Segundo Carlos Roberto, no começo do projeto, ele contou com a ajuda de dois professores e estudantes do curso de História da Ulbra para a organização do material. "Foi quando comecei a mostrar os primeiros jornais aos alunos. Com toda certeza, eles nunca haviam manuseado um material tão primoroso, como, por exemplo, o jornal A Gazeta do Rio de Janeiro, fundado logo depois da chegada da Família Real ao Brasil", recordou. 

Sobre o inventário, o coordenador destacou a importância da qualidade do papel de antigamente. Conforme ele, ao comparar uma publicação editada em 1970 com o jornal abolicionista O Noticiador, editado em 1832, o mais antigo do Rio Grande do Sul, este está em melhores condições. "Isso se deve à qualidade do papel, sem sombra de dúvidas", observou.

A falta de espaço para armazenamento, atualmente, tem sido um dos entraves enfrentados pelos gestores do museu para melhor organização dos materiais. Por terem um amplo acervo, isto dificulta o trabalho. "Existe uma alternativa chamada de arquivo deslizante, pela qual é possível otimizar espaços. Porém, o elevado custo dessa operação faz com que este sonho ainda não seja viável", lamentou Carlos Roberto, ao destacar que, desde 2015, não chegam mais jornais no local.

"Recebíamos Jornal do Comércio, Zero Hora e Correio do Povo, só que chegou um momento que nossa área física não suportava mais o armazenamento dessas publicações. Precisamos de investimentos em possibilidades de arquivamento mais modernas", ressaltou. O coordenador ponderou, ainda, que cultiva a esperança de que empresas apoiem o museu e contribuam para as necessárias obras de manutenção e preservação do patrimônio que ali está depositado.

Confira a notícia na integra publicada em 22 de outubro de 2010: Raridades jornalísticas

O Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa realiza o lançamento do Inventário resumido do acervo de jornais raros, que divulga a composição e a importância destas publicações, as quais se encontram na instituição - são 700 jornais, editados entre 1827 e 1924.

Essa matéria foi produzida por Bruno Dornelles, estagiário do Multiverso - Laboratório e Agência Experimental dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Metodista IPA.

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