Facebook exclui fake news e contas que propagam ódio

Dados da ONG Avaaz mostraram que mais de 500 contas na rede social eram usadas para difundir notícias falsas

Um estudo realizado pela organização não governamental Avaaz identificou mais de 500 contas do Facebook usadas para disseminar notícias falsas. A rede era responsável pela publicação de discursos de ódio e pretendia "espalhar mensagens de supremacia branca", segundo a edição online do jornal britânico The Guardian.

A publicação afirma que, mesmo trabalhando constantemente para combater fake news, o Facebook tem sido invadido por publicações que contam com desinformação e redes de contas falsas que pretendem tornar notícias falsas virais. Nos últimos três meses, a Avaaz descobriu páginas suspeitas na rede social na Alemanha, na Espanha, na França, na Itália, na Polônia e no Reino Unido.

No esforço contra a desinformação, a rede social de Mark Zuckerberg eliminou contas que tinham cerca de seis milhões de seguidores e que proliferavam notícias falsas e discursos de ódio. A Avaaz ainda está investigando centenas de outros perfis, com mais de 26 milhões de seguidores, que podem ser expostos a conteúdos suspeitos.

A atividade variou de contas francesas que compartilhavam conteúdo de supremacia branca a postagens na Alemanha apoiando a negação do Holocausto, além de páginas falsas promovendo o partido Alternativa da Alemanha (AfD). Na Itália, as táticas incluíam a criação de páginas de interesse geral para beleza, futebol e saúde. No entanto, depois que os usuários passavam a seguir as contas, elas se transformavam em ferramentas políticas.

Os pesquisadores da ONG também rastrearam como uma página, montada para uma associação de criadores agrícolas, lentamente se transformou em uma que apoiava a Liga de Extrema-Direita, compartilhando um vídeo que pretendia mostrar os imigrantes quebrando um carro da polícia. Na verdade, a publicação se trata de uma cena de um filme e tem sido repetidamente desmentida.

De acordo com o The Guardian, essas redes eram muito mais populares do que as páginas oficiais dos grupos populistas de extrema-direita e anti-União Europeia (UE) naqueles países. "As páginas têm altos níveis de interação. Não importa quantos seguidores as redes têm, se não houver interações", disse Christoph Schott, diretor de campanha do grupo Avaaz. "Eles têm mais de 500 milhões de visualizações apenas nas páginas apagadas, o que é mais do que o número de eleitores na UE", acrescentou.

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