Produção da Casa de Cinema de Porto Alegre estreia nesta semana em drive-ins e streamings

'Aos Olhos de Ernesto', dirigido e roteirizado por Ana Luiza Azevedo, será exibido a partir de quinta-feira

Cena do filme 'Aos Olhos de Ernesto' - Divulgação

O filme 'Aos Olhos de Ernesto', produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre, estreia ao público nesta quinta-feira, 17, em drive-ins e streamings. Dirigido e roteirizado por Ana Luiza Azevedo, o longa estará disponível nas plataformas Net Now, Vivo Play, Oi Play e Looke. A distribuição é da Elo Company em parceria com o Canal Brasil.  

Premiada em eventos de São Paulo e Punta del Este, a obra traz a história de Ernesto (interpretado pelo ator uruguaio Jorge Bolani), um ex-fotógrafo que, aos 78 anos,se depara com uma crescente cegueira e as limitações diversas que acompanham a avançada idade.  Ele ressignifica sua vida e os padrões da velhice ao conhecer a jovem Bia (Gabriela Poester), que o ajuda, até mesmo a reencontrar um grande amor.

O roteiro contou com parceria de Jorge Furtado e consultoria internacional.  "Ganhei o prêmio MinC para desenvolvimento do roteiro em 2012. Realizei as primeiras versões com Miguel da Costa Franco e Vicente Moreno. Depois tive consultoria do escritor cubano Senel Paz e participei do Laboratório SESC de Novas Histórias. No início de 2018, eu e Jorge Furtado escrevemos o roteiro final. Este trabalho com o Jorge, que durou dois meses, foi fundamental para o filme ser o que é", explica Ana Luiza, que integra o Núcleo de Roteiro Casa de Cinema de Porto Alegre. 

A história de Ernesto foi inspirada na vida do fotógrafo italiano Luigi Del Re. "O personagem surgiu a partir da história dele, fotógrafo italiano que vivia em Porto Alegre, e que com a idade e avanço da cegueira já não conseguia mais se corresponder com a irmã, que morava na França", conta a diretora e roteirista. "Em homenagem a Luigi, usamos na direção de arte as suas fotos e equipamentos de filmagem para compor o universo de Ernesto e seu apartamento. Mas Ernesto não é só Luigi: é um pouco de nossos pais, e de nós mesmos", complementa a cineasta. 

Entre diversos aspectos e processos de criação do filme, a mescla de várias culturas e o uso do "portuñol" são marcas do projeto.  A proximidade cultural entre as cidades do Sul do Brasil, Uruguai e Argentina estão presentes na obra através da música, da língua e da literatura.

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