RBS, Morya e Escala desmentem vídeo que circula em grupos de WhatsApp

Empresas foram acusadas de serem beneficiadas pela Prefeitura de Porto Alegre

Vídeo anônimo com acusações vem circulando pelo WhatsApp - Reprodução

Na última semana, começou a circular pelos grupos de WhatsApp um vídeo anônimo, em que diversas acusações são feitas às agências de publicidade Morya e Escala, bem como ao Grupo RBS. No material, é ressaltado que as empresas foram beneficiadas pela Prefeitura de Porto Alegre - o que foi desmentido pelas três, em notas.

O vídeo passa a mensagem de que a licitação para a contratação das agências de publicidade foi alterada para beneficiar Morya e Escala. Além disso, o material destaca que a RBS estaria recebendo para falar bem da gestão de Nelson Marchezan Júnior. Em resposta, as três empresas enviaram comunicados, via WhatsApp, repudiando o conteúdo, pois o material conta com informações inconsistentes. 

As notas emitidas pelas três empresas lamentam este tipo de prática em tempos pré-eleitorais e as afirmações inverídicas. As notas não rebatem as alegações pontualmente, mas sabe-se, por exemplo, que em uma das oportunidades de cancelamento de licitação, o mesmo se deu por decisão judicial e não por preferência da Prefeitura, como é apontado na acusação.

Vale destacar que o processo licitatório da prefeitura foi acompanhado pelo Sindicato das Agências de Propaganda no Rio Grande do Sul (Sinapro-RS).

O vídeo não conta com assinatura e nem foi possível encontrar a sua origem. Porém, ao final, é mostrada a mensagem #ForaMarchezan, ressaltando o seu interesse de que o prefeito de Porto Alegre deixe o cargo.

Leia as notas na íntegra:

Morya:

SOBRE UM VÍDEO BANDIDO

Um dia, o artista plástico Andy Warhol disse que "no futuro, todos terão seus quinze minutos de fama". O futuro chegou e ele estava errado. Hoje em dia, parece que todos terão mesmo é uma fake news para chamar de sua.

A da Morya chegou em forma de um vídeo apócrifo, que é como são feitas as coisas sujas e sem caráter. Escondidos no anonimato, tentam alimentar uma briga eleitoral usando agências conhecidas e respeitadas como bode expiatório. Obviamente, tomaremos as medidas judiciais em busca da origem, começando com uma ocorrência na delegacia de crimes cibernéticos.

E é claro que dá raiva, muita raiva. Mas não dá vergonha.

Porque não é verdade o que está no vídeo bandido. A Morya jamais fez campanhas políticas e nenhum dos seus sócios ganhou milhões na campanha eleitoral de 2016. A Morya participou de uma licitação que perdeu, entrou com recursos que julgava procedentes e, de novo, perdeu. E aceitou o resultado. Não foi ela que agiu para que a licitação fosse cancelada - e nem a prefeitura, como diz o vídeo - mas outra agência do mercado. E foi a justiça que decidiu por um novo certame. Este é um processo público, é só checar os fatos. Além disso, a Morya, como sempre faz, usou critérios técnicos para seus planos de mídia, tendo a audiência dos veículos como parâmetro, como podem atestar todos os grupo de comunicação que trabalham conosco.

Portanto, aos nossos colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros de mídia, fiquem certos de que este vídeo é só uma peça feita pelo ódio político e pela ganância eleitoral. Temos o coração tranquilo de quem continua sendo a mesma Morya de sempre: ética, transparente e respeitosa com todos que interagem conosco. E se você alguma vez cruzou o nosso caminho, temos certeza de que você sabe disso.

Aproveitamos para nos solidarizar com a jornalista Rosane de Oliveira por nunca termos tratado seu filho como seu filho. Para nós, sempre foi, e continuará sendo, o Dudu. Que entrou há mais de dois anos na agência e faz seu trabalho com talento e seriedade. A quem não perguntamos de quem era filho quando o entrevistamos, como não fazemos com ninguém. A quem damos a liberdade e o incentivo para ser a pessoa que é, como fazemos com todos. E a quem pedimos desculpas por ter sido envolvido de forma desleal numa disputa que não é nossa e, muito menos, dele. 

Por fim, para que possamos sair deste lamentável episódio com alguma coisa minimamente produtiva, ficam perguntas que gostaríamos que fizessem a si mesmos, especialmente aqueles que, mesmo sem intenção maldosa, compartilharam o vídeo bandido:

Você acha certo? Juntar um monte de ilações como se fossem verdade? Acha certo agredir marcas e profissionais sérios, que trabalham há anos no mercado sem nenhuma mácula, apenas por politicagem? Acha certo querer derrubar reputações de terceiros em nome de uma sacanagem eleitoral? Acha certo expor a vida pessoal ou de uma família em nome de vencer uma batalha política? Você acha certo, num mundo de transparência, espalhar vídeo anônimo visivelmente feito com segundas intenções? 

Um dia, uma fake news também pode atingir você, ou sua família. Nesse dia, você vai saber direitinho onde está a vítima e onde está o crime.

Escala:

Esta nota tem por objetivo esclarecer as questões relacionadas à Escala Comunicação e Marketing após o surgimento de vídeo criminoso - sem qualquer informação quando à sua origem - que circula pelas redes sociais e grupos de mensagens que tem o claro objetivo de distorcer a realidade e manchar a reputação de empresas e pessoas citadas.

Inicialmente, a Escala, consolidada não só no Rio Grande do Sul, como em todo o Brasil, esclarece que jamais permitirá que sua trajetória de quase meio século seja afetada por fake news, as quais, na proximidade das campanhas municipais, alimentam o discurso do ódio e rebaixam o nível da disputa eleitoral. 

Em síntese, o conteúdo de tal postagem afirma, sem qualquer verificação prévia e com base em informações mentirosas, que a Escala teria sido beneficiada em disputa licitatória na Prefeitura de Porto Alegre. Não são necessários grandes esforços para concluir que, na verdade, a Concorrência nº 01/2017 foi realizada de forma idônea e transparente, respeitando-se o seu caráter competitivo. Toda a documentação correspondente à licitação se encontra disponível para análise. Não há o que se esconder.

A Escala jamais participou - ou participará - de qualquer procedimento concorrencial que viole as determinações legais sobre o assunto. 

Como já dito, a Escala Comunicação e Marketing não permitirá que seus valores sejam depreciados em razão de disputas eleitorais e, assim que a origem de repugnante vídeo for identificada, adotará as medidas cabíveis para responsabilizar cível e criminalmente os responsáveis pela criação e divulgação de seu conteúdo. 

A Escala jamais compactuará com que fake news sejam espalhadas de forma totalmente inconsequente, e aqui solidariza-se com os demais citados na mentirosa mensagem. 

Fatos como esses nunca inibirão a nossa vontade e empenho para continuarmos construindo a história que queremos para esta empresa.

Grupo RBS:

O Grupo RBS repudia enfaticamente as mentiras e os ataques contidos em um vídeo que circula em redes sociais e grupos de mensagens. A RBS e suas marcas não apoiam políticos ou governantes de qualquer natureza ou partido. Como é esperado no jornalismo profissional, seus colunistas limitam-se a manifestar, com independência e autonomia, opiniões contrárias ou favoráveis a atos de governo ou de parlamentos. 

A RBS repele também qualquer associação de sua cobertura (ou de comentários de seus colunistas) a eventuais investimentos oficiais em publicidade. Como sempre, a empresa defende o investimento técnico de qualquer verba de publicidade. 

A empresa solidariza-se ainda com os comunicadores, referenciais de integridade e independência no jornalismo brasileiro, que foram citados no vídeo e ressalva que dará todo o apoio jurídico para repor a verdade, uma vez que a origem das injúrias, calúnias e difamações seja identificada.

Da mesma forma, a RBS lamenta o baixo nível da fase de pré-campanha eleitoral e reafirma seu compromisso histórico de uma cobertura equidistante, apartidária e equilibrada das eleições municipais.

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