TSE e representantes no Whatsapp se reúnem para combater fake news

Plataforma entrou na mira do Conselho Consultivo após impacto da disseminação de inverdades durante as eleições

Faltando 12 dias para o segundo turno das eleições, integrantes do Conselho Consultivo para notícias falsas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizaram uma reunião com representantes do Whatsapp, para discutir formas de garantir o alcance de respostas diante da divulgação de fake news. Segundo o vice-procurador eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, os representantes da plataforma se propuseram a disponibilizar ao TSE ferramentas adotadas por agências de checagem de conteúdos enganosos e fabricados.

A plataforma de mensagem entrou na mira do Conselho após o impacto da disseminação de inverdades no primeiro turno das eleições. De acordo com Jacques de Medeiros, os representantes da plataforma relataram dificuldades para aplicar a metodologia de outras redes sociais, como mecanismos de checagem de fatos e possibilidades de veiculação de direito de resposta aos mesmos usuários alcançado pelas mensagens originais consideradas falsas.

A ONG Safernet, uma das participantes do Conselho Consultivo do TSE, apresentou um documento à parte com propostas ao Whatsapp. Dentre elas estão a redução da possibilidade de encaminhamento de mensagens para até cinco destinatários e a limitação de criação de grupos e de participação neles por um mesmo usuário, o que abre espaço para abusos de sistemas automatizados.

A organização também defendeu que a plataforma adote sistemas de verificação de conteúdos e de indicação daquelas mensagens atestadas como falsas por agências de checagem, estabelecendo limitadores para seu compartilhamento em massa. Por fim, o documento de recomendações chamou a empresa a atuar em conjunto com o TSE para evitar que seja um instrumento de massificação de notícias falsas e interferência eleitoral.

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