Para José Resende, é preciso acompanhar a agilidade das mudanças no varejo

VP de Marketing da CDL POA encerra manhã de palestras no Congresso da Transformação Digital

16/11/2018 12:48
Para José Resende, é preciso acompanhar a agilidade das mudanças no varejo /Divulgação/Coletiva.net

A última atração da manhã desta sexta-feira, 16, no 1º Congresso da Transformação Digital ficou a cargo de José Roberto Resende, vice-presidente de Marketing da CDL POA e responsável por missões internacionais e eventos de varejo. A palestra 'A visão de um empresário brasileiro sobre a Transformação Digital' foi uma complementação de In Hsieh, antecessor no palco da Fundaparque, em Bento Gonçalves. Uma das principais afirmações que nortearam a fala de Resende foi sobre a velocidade das transformações digitais. ?As mudanças no comportamento do consumidor ocorrem muito mais rápido do que as que conseguimos implementar nas nossas empresas. Então, é essencial acompanhar esse ritmo.?

Conforme o executivo, muitas áreas estão sendo digitalizadas, apoiadas em mobilização, desintermediação e automação. Na opinião dele, aquilo que era ficção científica está se tornando realidade, e tudo que era considerado disruptura é o novo normal. O resultado disso é que nunca foi tão fácil uma empresa pequena competir com gigantes, tendo enormes chances de vencer. ?As ameaças são para muitos ? e se olharmos somente para elas, paralisamos ?, mas as oportunidades são infinitas, e poucos saberão identificar e aproveitar esses momentos?, afirmou.

Ao relatar as novidades que conferiu na China, o palestrante citou o fenômeno do Cross Border, que são as compras que brasileiros fazem em sites do exterior. Segundo ele, em 2017, foram movimentados R$ 10 bilhões, o que significa 23% de todo ecommerce no Brasil. Para exemplificar o motivo de olharem para o país asiático, Resende falou no Wechat ? um aplicativo que envolve uma enorme gama de serviços na mesma plataforma. Na visão do executivo, o app foi responsável pela maior inclusão digital da humanidade. ?Eles estimam economizar cerca de três horas por dia na vida das pessoas?, informou.

Outra iniciativa chinesa apontada foi o Alibaba, que tem trazido digitalização ao varejo físico. ?É a tecnologia sendo levada para o offline. Ou seja, não é transformar tudo em online, mas unir os dois ambientes na mesma plataforma?, enalteceu o palestrante, que ainda indagou: ?O que estamos trazendo da China para nossas empresas? Uma nova forma de encarar os negócios?. Para ele, é importante que o varejo pense um ecossistema de empresas de forma que colabore com a capacidade de entender o cliente. E como se faz isso? Conforme Resende, coletando dados. Ele explicou que os chineses são obcecados por isso, pois permite ?dar o produto certo, para o cliente certo, na hora certa e pelo preço certo?.

Outro aspecto levantado na explanação como essencial que seja observado pelos empreendedores é o fato de surgir uma nova geração a cada cinco anos ? seja de consumidores ou de lideranças. Resende alertou para a necessidade de entender que o comando será dos jovens muito rapidamente, então, é preciso acelerar o processo de transição nas empresas. E finalizou: ?É necessário que haja um engajamento da cultura digital em todos os níveis da organização, desde a diretoria, passando por toda equipe?.

O evento tem cobertura em tempo real realizada pela equipe do portal Coletiva.net, com apoio do Grupo Record RS.