Um manifesto, assinado por Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio), foi divulgado hoje, 26, com o tema 'Pela Reativação da Economia Gaúcha'. No documento, as três entidades manifestam preocupação com a ameaça de desabastecimento, que, segundo o texto, poderá ocorrer caso se estendam demasiadamente as proibições de atividades empresariais.
Um retorno gradativo das atividades a partir de 1º de abril, atendendo as recomendações de saúde, como o teletrabalho dos grupos de risco, o distanciamento entre pessoas e com a criação de protocolos de contingência, é a solução apontada. A ideia é que 50% das equipes voltem a trabalhar na data e, em 6 de abril, quando o isolamento horizontal dos setores chega à 16 dias, 100% dos funcionários estejam operando.
De acordo com Fiergs, Farsul e Fecomércio, é preciso levar em conta as cadeias de fornecedores que, mesmo fora da área de saúde e alimentar, ? consideradas exceções de segmentos industriais e comerciais ?, são essenciais para que o produto final exista, em uma cadeia que não pode ter nenhum elo quebrado. ?De nada adianta o campo produzir se o produto 'in natura' ou industrializado não chegar ao consumidor?, destacam.
O documento alerta, ainda, que no curto prazo há o risco da falta generalizada de produtos, desde o campo até as lojas. ?Assim, o sacrifício será de toda a população. Ainda há tempo de evitarmos o empobrecimento abrupto e irreversível da sociedade?. Por fim, as entidades reiteram que o bom senso deve prevalecer nesse momento atípico, sem aprofundar ainda mais os problemas sociais decorrentes de um colapso econômico.
Leia o manifesto de Fiergs, Farsul e Fecomércio na íntegra:
?As entidades signatárias deste manifesto ? plenamente engajadas nas recomendações relativas à Covid?19 ? manifestam sua preocupação com a ameaça de desabastecimento que poderá ocorrer caso se prolonguem, além de um limite razoável, as proibições de atividades empresariais. Nas exceções a segmentos industriais e comerciais, por exemplo, os municípios não estão levando em conta as cadeias de fornecedores que, mesmo fora da área de saúde e alimentar, são essenciais para que o produto final exista, em uma cadeia que não pode ter nenhum elo quebrado. De nada adianta a agricultura produzir se o produto ?in natura? ou industrializado não chegar ao consumidor. No curto prazo, corremos o risco da falta generalizada de produtos, desde o campo até as lojas. Assim, o sacrifício será de toda a população. Ainda há tempo de evitarmos o empobrecimento abrupto e irreversível da sociedade. A proposta que apresentamos nesse momento difícil é o retorno gradativo das atividades econômicas, permitindo que as empresas ? atendendo as recomendações de saúde, como o teletrabalho dos grupos de risco, o distanciamento entre pessoas, etc., firmando protocolos de contingência ? possam operar com 50% de pessoal nas suas atividades a partir do dia 1º de abril, e retomando a 100% em 6 de abril quando o isolamento horizontal já terá cumprido 16 dias. Entendemos que o bom senso deve prevalecer nesse momento atípico que enfrentamos, sem aprofundar ainda mais os problemas sociais decorrentes de um colapso econômico.?