No comportamento da maior parte do eleitorado gaúcho verifica-se um alto nível de desinformação, de apatia, ceticismo e descrédito em relação à política. Os eleitores não acreditam nos partidos e na política e votam na pessoa, votam ?em um candidato?, com base nas imagens e nas percepções que dispõem deste. Para os eleitores, que não acreditam e não se identificam com o "mundo político", o personalismo político é muito mais importante do que a identificação partidária. Em estudos realizados pelo IPO verifica-se que o comportamento da maioria dos eleitores gaúchos caracteriza-se:
- pelo seu ceticismo e descrença política, tendo em vista que os eleitores não confiam e não acreditam nos políticos (média de 80% dos gaúchos acreditam que os partidos e políticos atuam em causa própria);
- pelo distanciamento dos eleitores frente ao "mundo da política". Como a população mantém um sentimento de "ineficácia política" e vive num clima de "indiferença informada", não participa da política, mantendo-se em uma posição de desinteresse, num contexto em que a política é vista como algo distante e negativo;
- pelo voto personalista, dado a pessoa do candidato em função de sua imagem e seus atributos simbólicos. Como os eleitores não acreditam na "política" e nos partidos, mantêm-se afastados do processo político, respondendo aos apelos das campanhas personalistas.