A análise do comportamento do eleitor indica "uma cultura política da descrença", um eleitor cético e que não acredita na política e nos políticos. Essa cultura política representa o comportamento do eleitor na atual democracia brasileira, mas não se pode perder de vista a cultura política que dever-se-ia ter com base de como a democracia representativa foi pensada no país. No Brasil vigora o Estado Democrático de Direito e a prerrogativa reconhecida e incontestável da participação, que apregoa que todo o ser humano tem o direito de tomar parte do governo de seu país e a vontade do povo será à base da autoridade do governo. Por esse princípio a participação política é um dever de todos e deveria permitir consciência e informação do que está sendo feito, uma ferramenta fiscalizadora das políticas públicas. A participação deveria ocorrer de várias formas, individual, coletiva, de forma eventual ou organizada. O IPO - Instituto Pesquisas de Opinião realizou a seguinte pergunta para uma amostra de 1.500 gaúchos, distribuídos em sete mesorregiões do IBGE, "O Sr.(a) participa de algum tipo de entidade representativa (tal como algum tipo de associação, sindicato, partido entre outros)?"
- 12,1% dos gaúchos participam de alguma entidade representativa
- 86,9% não participa de nenhuma entidade
- 1,0% não soube avaliar.
- a) eleitores com preferência ou relação partidária;
- b) eleitores que possuem sua atividade funcional no serviço público, com um ambiente e agenda mais propícios para o debate político;
- c) estudantes.