Na semana em que o IPO - Instituto Pesquisas de Opinião completa 21 anos estou participando do 7º EDEP (Encontro de Dirigentes de Empresa de Pesquisa), que ocorre em São Paulo e trata das questões e soluções da indústria da pesquisa. O termo "indústria" é utilizado para retratar o conjunto de processos que envolvem a realização de uma pesquisa, seja ela de opinião, de mídia, de avaliação de um produto, marca ou até mesmo uma pesquisa eleitoral. Há dilemas comuns dentre as empresas, no que diz respeito a gestão de pessoas, inseguranças jurídicas do direito trabalhista e avanços contínuos da tecnologia. E há dilemas específicos, associados a natureza da pesquisa que, via de regra, atende demandas pontuais e se caracteriza como uma atividade intermitente. Como muitos projetos são ad hoc, há um trabalho customizado, personalizado que ativa a necessidade de profissionais com uma visão holística, com capacidade de transformar o problema do cliente em uma formulação de pesquisa, em muitos casos, estes profissionais precisam "descobrir" qual é o problema do cliente. Essa necessidade do mercado exprime um perfil para o profissional de pesquisa que, obrigatoriamente, passa pelas seguintes premissas:
- a) vocação, paixão pelo explorar, descobrir;
- b) ter a capacidade multitarefa;
- c) ter visão sistêmica de mundo, onde a capacidade técnica esteja alinhada à capacidade humana e que resulte em uma capacidade conceitual de gerir um projeto com todas as suas facetas.