Eleições 2016: 5 lógicas do eleitor no desejo de mudança

Partindo do pressuposto de que a intenção de voto é o sintoma de um comportamento, uma das primeiras tarefas de um candidato é analisar …

14/06/2016 16:35 / Atualizado em 07/07/2016 12:00
Partindo do pressuposto de que a intenção de voto é o sintoma de um comportamento, uma das primeiras tarefas de um candidato é analisar os indicadores de gestão e a tendência de continuidade ou mudança do eleitorado de uma cidade. A priori, para um governante pedir continuidade, além de manter um patamar mínimo de 40% de avaliação positiva (ótimo e bom), precisa difundir as ?marcas? do seu governo para que os eleitores "promotores" tenham argumentos de convencimento. Na atual conjuntura a palavra ?mudança? e a expectativa de mudança desejada pelos eleitores não está associada, necessariamente, à ?troca de governante?, mas sim com a ?forma de gestão?. O eleitor deseja a resolutividade dos serviços prestados, espera que os serviços sejam realizados com eficácia e eficiência. As várias pesquisas realizadas pelo IPO - Instituto Pesquisas de Opinião demonstram que a maioria do eleitorado não está preocupada com ?a troca de governante?. A preocupação do eleitor está situada ?com a forma de administrar? e no ?cuidado com as questões básicas de uma cidade". Quando questionados sobre o significado da palavra "mudança", fazem associações relacionadas à melhoria de serviços públicos tais como: (saúde, educação, segurança?). Para os eleitores, a forma ou maneira de administrar uma cidade significa "melhoria na gestão", "agilidade", "otimização", "resultados"?. Ou seja, o eleitor deseja que os serviços públicos funcionem de uma forma mais efetiva, solucionando os problemas do dia-a-dia da forma mais ágil possível. Via de regra, verifica-se que o raciocínio da maior parte do eleitorado ao avaliar o tema "mudança" segue a seguinte lógica: 1º) O eleitor pensa de forma objetiva em um serviço. Cita o serviço que na sua opinião precisa receber mais atenção (por exemplo, a saúde); 2º) Na sequência avalia que além de o "governante" priorizar o serviço, precisa repensar a forma de "fazer", ?como o serviço funciona? e ?como deveria funcionar?; 3º) Durante esta reflexão, o eleitor remonta alguns insights da eleição anterior e das propostas que estavam em suas lembranças ou que foram divididas em sua rede de relações. Em muitos casos, o eleitor chega à conclusão de que "talvez" seja melhor "trocar" o governante. 4º) Passa a analisar as alternativas dispostas no cenário eleitoral, as alternativas de candidaturas. 5º) Sabendo ?o que quer mudar?, o eleitor procura o candidato que tenha as características e o comprometimento com a necessidade ou meta dele, eleitor. É neste contexto de reflexão do eleitor em prol de uma ?mudança? que prime por ?cuidar da manutenção básica dos serviços públicos? que se deve analisar a tendência da decisão de voto do eleitorado nas eleições de 2016.