Estudar cotidianamente o comportamento da sociedade exige o conhecimento e o aprimoramento de técnicas com capacidade de compreender o que as "pessoas dizem", dentro do politicamente correto e o que elas "gostariam de dizer", o que realmente pensam. A cada estudo os cientistas sociais do IPO - Instituto Pesquisas de Opinião mesclam técnicas de investigação utilizando a epistemologia como ferramenta cotidiana na tarefa de compreender o que é "dito" e o que "não é dito!" Pensando em um exemplo de investigação entre "o dito" e o "não dito" no que se refere a um tema polêmico, como maioridade penal, verifica-se que há, no mínimo, três lógicas que fornecem elementos de argumentos para a posição "do dito", da resposta dada pelo entrevistado em uma pesquisa:
- a) a influência social = indivíduos que reproduzem o discurso dominante, seja absorvido através da mídia ou de sua rede de relações pessoais ou virtuais.
- b) a experiência = indivíduos que passam ou vivenciam ou se relacionam com pessoas que passaram por situações de violência que envolvem menores de idade;
- c) posição técnica ou ideológica = indivíduos que possuem conhecimento técnico ou posição ideológica sobre o tema avaliado.