Correspondente de Coletiva.net compartilha experiência na Web Summit

Jornalista Cleidi Pereira fez a cobertura em tempo real de um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo, desde Portugal

Cleidi Pereira durante cobertura da Web Summit - Divulgação/Coletiva.net

A jornalista Cleidi Pereira acompanhou a movimentação da Web Summit desde Lisboa, em Portugal. Como correspondente de Coletiva.net, a profissional foi a responsável pela primeira cobertura internacional do veículo, enviando matérias e realizando vídeos ao vivo pelo Facebook do portal. Cleidi também participou de bate-papos com Fabiano Goldoni, sócio da Alright Media, empresa que patrocinou a cobertura junto com o Grupo Bandeirantes.

Quem é a jornalista Cleidi Pereira?

Em 2017, completei uma década de carreira, tendo recebido 10 prêmios de Jornalismo. Mas há um ano e quase 10 meses meu título mais importante é o de mãe da Violeta. Sou uma pessoa extremamente dedicada, determinada, resiliente, e, acima de tudo, humilde. Todos os dias, tento colocar em prática o mantra 'viva simplesmente, ame generosamente e aprenda constantemente'. Desde agosto, moro em Lisboa, onde faço um mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais.

Como foi voltar a cobrir, como repórter, pelo Coletiva.net?

Foi uma experiência bastante gratificante e simbólica. Afinal, foi em Coletiva.net que dei meus primeiros passos no Jornalismo, em 2007. Aprendi muito com os mestres Vieira e Fuscaldo. E posso dizer que o portal continua me ensinando, agora com lives e hangouts.

Como foi experienciar pela primeira vez uma cobertura em tempo real no exterior?

Desafiador. Praticamente todas as palestras e intervenções eram em inglês, o que leva a processos de trabalho/cobertura diferentes e com os quais não estamos habituados (como fazer rápidas anotações em inglês - no meu caso, funcionava melhor do que primeiro traduzir). A megaestrutura do evento, que tinha muitas palestras acontecendo ao mesmo tempo, foi outro obstáculo. Ainda assim, deu para achar boas histórias, as 'agulhas no palheiro', como as duas únicas brasileiras entre os oradores e alguns gaúchos, claro.

Em relação à Web Summit, o que mais chamou a sua atenção?

A grandiosidade do evento. Quase 60 mil ingressos foram vendidos para esta edição. Somando voluntários e outros trabalhadores (como os 2,5 mil jornalistas de mais de 100 países), fala-se em público total de quase 80 mil pessoas no total. O palco principal do evento tinha capacidade para 20 mil participantes e a área de exposição se estendia por quatro pavilhões, em um espaço equivalente a 11 campos de futebol.

No que diz respeito à área da Comunicação, o que foi apresentado como tendência no segmento? 

Ocorreram vários painéis sobre realidade virtual, realidade aumentada, inteligência artificial, mas a grande preocupação, um dos principais temas em pauta durante o evento, foi com a proliferação de notícias falsas. Um ano após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o recado que ficou foi o de que as fake news continuarão a ser, sem dúvida, um desafio não só para o jornalismo, mas para a sobrevivência das democracias. É, no caso da comunicação, uma ameaça e uma oportunidade ao mesmo tempo. Especialmente no caso do Brasil, em que um recente estudo (Atlas da Notícia) mostrou que quase 70 milhões de pessoas vivem em um 'deserto de notícias', um campo fértil para as fake news.

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