Monólogo propõe reflexões sobre conceitos da humanidade

Clarice Niskier interpretou o texto do rabino Nilton Bonder

Reflexões sobre conceitos milenares na civilização deram o tom ao monólogo A alma imoral, baseado no livro homônimo do rabino Nilton Bonder e interpretado por Clarice Niskier, e ao debate com o autor da obra. A atriz deu início à apresentação com um bate-papo informal e, em seguida, traz reflexões sobre corpo e alma, ficando nua em parte da peça. Clarice trata sobre conceitos milenares na civilização, como o que é certo e o que é errado, a capacidade de trair o outro e o que leva o ser humano a isso, obediência e desobediência. A Alma Imoral é, até o momento, a participação mais aplaudida do evento.
Com cerca de 350 pessoas na plateia e a presença de Clarice ainda no palco, a temática continuou em pauta, com abordagem de Nilton Bonder. Autor de 19 livros e reconhecido como pensador de áreas como humanismo, filosofia e espiritualidade, ele falou sobre questões como o agir com razão e emocional, ou com apenas um desses elementos. Nilton destacou que defende da intuição o fazer antes e pensar depois. "O risco é entrar no mar e não saber nadar", afirmou.
Nilton destacou que os dois lados do cérebro - razão e emoção -, juntos, podem mais. Por outro lado, defendeu que "é fundamental fazer sem ter totalmente o discernimento". Segundo Nilton, a peça apresentada lembra justamente da importância de um lugar mais escuro, "onde se faz primeiro e se discerne depois".

Clarice e Nilton | Crédito: Vinícius Costa/Agência Preview

Clarice e Nilton | Crédito: Vinícius Costa/Agência Preview


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