Líderes do Agibank narram desafio de lançar uma marca em um mercado estabelecido

Mônica Moura e Saulo Barbosa compartilharam detalhes da estratégia de apresentação da marca

Mônica Moura e Saulo Barbosa

Como lançar uma marca em um mercado maduro e com players fortes? Esse foi um problema enfrentado pelo Agibank. As estratégias usadas para contornar a questão nortearam o painel conduzido pela líder do time de Marketing, Monica Moura, e pelo líder criativo Saulo Barbosa, durante o Festival da Transformação (FT18). Com uma das salas do prédio C da ESPM lotada, a dupla contou sobre os desafios de desvencilhar a empresa da imagem de financeira (a antiga Agiplan) para apresentá-la como mais que uma fintech, uma empresa de tecnologia.

Frente a uma realidade de mudanças, em vez de criar um extenso plano de marketing, a equipe optou por desenvolver um MVP (mínimo produto viável). A partir daí, definiu dois pilares de branding - inovação e oportunidade -, que foram traduzidos na frase 'Innovation Lovers, people believers'. Para deixar claro o cunho tecnológico, a aproximação com o setor se deu através da presença em eventos como Campus Party, Amcham Arena, entre outros.

Além disso, toda a comunicação foi reformulada, a começar pelas fotos que antes exibiam a sede da empresa e profissionais vestindo terno e gravata. "Tivemos uma reunião com a diretoria e chegamos à conclusão que não faz sentido uma empresa de tecnologia ficar 'vendendo' prédio. Hoje, (a comunicação da empresa) é muito mais sobre colaboração", explicou Saulo. A mudança, completou Mônica, é uma forma de demonstrar a nova realidade da empresa, que adaptou sua estrutura e deixou de exigir dress code. "A gente está colocando para fora toda essa transformação", afirmou.

Saulo também comentou sobre os mais de 600 postos de atendimento da Agibank no Brasil, o que, para alguns, pode soar incoerência por tratar-se de uma empresa digital. "Entendemos que o importante não é ser digital, mas estar presente na vida das pessoas como elas quiserem", justificou. Mônica ainda mostrou como a empresa utiliza os releases para reafirmar sua imagem e transmitir quem é.

Para competir entre players estabelecidos, a empresa buscou o reconhecimento. Para isso, focou no patrocínio a um time popular entre brasileiros, o Corinthians, durante a final do Campeonato Paulista. Alinhado a isso, foi desenvolvida uma ação com influenciadores que torcem para o time, que saiu campeão - nos pênaltis. Os resultados gerados para a marca fizeram com que a marca se tornasse patrocinador master do time, uma parceria que foi anunciada de forma diferente. Nas redes sociais, o clube convidou os torcedores a enviarem mensagens para um número de WhatsApp, a fim de descobrir o novo patrocinador. Na resposta, a Agibank reforçava sua crença de que "tudo pode ser feito pelo celular".

Outra estratégia da marca é adotar o humor, em campanhas e vídeos virais que visam mostrar o valor de um banco 100% digital. "Tiramos proveito do humor, já que os bancos tradicionais geralmente nos deixam de mau humor", resumiu Saulo, ao apresentar vídeo produzido em parceria com o Porta dos Fundos.

Coletiva.net, em parceria com o Multiverso IPA, segue acompanhando as atividades do evento. Com apoio do Grupo RBS e Sicredi, jornalistas e estudantes alimentam o portal e as redes sociais durante os dois dias do FT 2018.

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