David Droga em Cannes: "a melhor publicidade é visceral"

Fundador da Droga5 abriu a programação do festival nesta segunda-feira

David Droga abre programação do festival nesta segunda-feira - Divulgação/Coletiva.net

Por Cleidi Pereira, enviada especial de Coletiva.net

Homenageado no ano passado com o Leão de São Marcos por sua contribuição para a indústria criativa, David Droga abriu, nesta segunda-feira, 18, a programação do Festival Internacional de Criatividade de Cannes. O nome do painel com o fundador e presidente da Droga5 não poderia ser mais provocativo: 'Não tenho certeza se estou certo, mas quem está?'. Um dos criativos mais premiados da história do Cannes Lions, o australiano falou do começo de sua carreira e aconselhou a plateia que lotava o Lumière Theatre a colocar intenção em todas as ações. "Siga sempre aquilo que você acredita, esta é a estratégia vencedora", disse, ao acrescentar que é preciso apresentar "a solução certa e não a que é melhor para você, para a agência".

Droga, que recebeu seu primeiro Leão aos 19 anos e, desde então, acumula mais de 70 distinções, afirmou que acredita no poder transformador da criatividade e que "a melhor publicidade é visceral". Para reforçar a mensagem, exibiu um trecho da peça The Last da Vinci, produzida pela Droga5 para a leiloeira Christie's, que captou a reação das pessoas ao verem o último quadro de Leonardo da Vinci à venda. "Como criativo, quando você não está gerando impacto com o seu trabalho, você não pode ser feliz. Mesmo você sendo muito bem pago, mesmo tendo um carro. Você está enganando a si mesmo", destacou.

Durante aproximadamente 45 minutos, Droga compartilhou com o público - formado, sobretudo, por jovens - a sua receita de sucesso, que não tem nenhum ingrediente mágico ou especial. Basicamente, os conselhos do criativo resumiram-se a: faça a coisa certa, seja você mesmo, desperte reações e, principalmente, seja feliz. Assim como as no caso do 'último da Vinci', as reações das pessoas que acompanharam o painel (do riso aos semblantes reflexivos) também renderiam um belo filme.

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