Marcas corajosas são tema de palestra no FIC19

Luísa Fedrizzi fala sobre a necessidade de resgate da criatividade

Com uma série de provocações sobre o mau uso da criatividade, Luíza Fedrizzi, head da Contagius, trouxe aos espectadores de seu painel, no Festival de Interatividade e Criatividade (FIC19) sua visão do mercado publicitário brasileiro. A palestra reuniu cerca de 100 pessoas no Auditório 2 da Unisinos Porto Alegre (Av. Dr. Nilo Peçanha, 1600 - Boa Vista).

Segundo Luíza, a linha entre reconhecer a importância da criatividade e permitir que ela aconteça é tênue e a publicidade é uma área pela qual todos comunicam a mesma coisa do mesmo jeito, porque têm medo do diferente. "Temos muitos clichês de categoria: sabão em pó, comida, cerveja. Intelectualmente, a gente pensa que não deve fugir da ideia que deu certo. Persistimos em não sermos ousados", falou.

A profissional garantiu que é preciso tornar transparentes os propósitos das organizações, porque acredita que quem sabe o que quer, chega mais longe. "É possível explicar o potencial criativo de uma forma aberta e abrangente quando se tem transparência com o público", pontuou. Para ela, é preciso cultivar boas relações com os clientes, porque é valiosa a relação de confiança mútua. Luíza trouxe um estudo que justifica seu ponto de vista: "77% das marcas poderiam simplesmente desaparecer. Ninguém se importaria. Precisamos fazer algo que impacte na vida das pessoas para fazer com que elas também se importem", argumentou.

Mais importante ainda, conforme a publicitária, é a precisão de oferecer uma contrapartida para que haja reciprocidade entre marcas e consumidores. "Se estamos pedindo para que as pessoas se envolvam, engajem-se e acreditem, é preciso que a gente dê algo em troca, seja uma experiência agradável, uma sensação de cuidado, um pouco de afeto", exemplificou.

Encerrando a participação, ela expressou sua crença sobre a tecnologia ter de servir à criatividade e o contrário não ser verdade. "Boa tecnologia não é desculpa para ideias ruins", condenou. Para ela, a mudança só é péssima quando se foge dela. "Seja mais corajoso. Resgate o poder da criatividade, o poder dos questionamentos", provocou.

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