Como a dengue voltou a mostrar as asinhas epidêmicas em várias regiões verdeamareladas, repriso a paródia com o hino nacional, publicada aqui mesmo em …
17/04/2015 16:01
/ Atualizado em 21/05/2015 15:01
Como a dengue voltou a mostrar as asinhas epidêmicas em várias regiões verdeamareladas, repriso a paródia com o hino nacional, publicada aqui mesmo em abril/08.
(A partir da letra de Joaquim Osório Duque Estrada e música de Francisco Manoel da Silva)
O vírus do Ipiranga nas margens pútridas Do povo estoico o brado: saneamento! E a insalubridade em valas múltiplas, Manchou ao léu a pátria nesse relento Se o fedor dessa desigualdade Conseguimos disfarçar com pinho forte, Em teu meio, ó sociedade, Epidemia é o nosso jeito desde a Corte Ó pátria atrasada, mal vacinada, Salve, salve-se! Brasil, um surto imenso, quadro típico De pólio e leptospirose a terra cresce, Em teu raivoso céu, tristonho e fatídico, A lembrança do barbeiro recrudesce Distante, a vigilância sanitária, É tifo, tétano, dengue hemorrágica, E o teu futuro espera tanta malária Terra incurada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó pátria mal administrada! Dos filhos deste solo és mãe senil, Pátria atrasada, Brasil! II Acamado eternamente em brejo esplêndido, Com esquistossomose e males profundos Reinauguras, ó Brasil, vibrião da cólera, Contaminado no rol de rios imundos! Do que a terra com mais pragas Teus bisonhos governantes têm mais papo; Nossos cofres mais larápios, Nossos pobres sem esgoto têm mais chagas Ó pátria atrasada, mal vacinada, Salve, salve-se! Brasil, bolor interno e sujo êmbolo O micróbio que sustentas tá criado Te liga, febre amarela leva ao túmulo, jaz no monturo e volta ao passado Mas se segues o paludismo como norte Verás que os filhos teus aceitam o luto Agora é brasileira a própria Morte Terra incurada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó pátria mal administrada! Dos filhos deste solo és mãe senil, Pátria atrasada, Brasil!
Palíndromo da semana
O GIM, O COPO. COM SIG, O LISO E O SILOGISMO. COPO COMIGO. (Para o cartunista Jaguar)