O check-in nosso de cada dia

Atire a primeira pedra quem nunca fez um check-in em alguma das suas redes sociais. Faz parte do compartilhamento de boas dicas, de lugares bacanas, de publicidade mesmo e, claro, de beijinho no ombro de quem posta. Agora nas férias então, era uma marcação mais top que a outra. Me incluo nessa lista, admito. O que me chamou atenção e me inspirou para o texto de hoje é que sinto falta das postagens mais simplórias, saca? De um post marcando aquele boteco da esquina que serve uma à la minuta meio desmaiada, mas que cura a ressaca. Da beira da praia da Pinheira (aquela que fica entre Pinhal e Cidreira), com o mar chocolatão e o vento bagunçando os cabelos. Do Carnaval no centrinho de uma prainha qualquer, sem camarotes ou cordão de isolamento. A vida como ela realmente é, não está nas redes sociais. O lance é fazer uma social mesmo, pelo menos é a tendência que foi criada. Todos já leram notícias de pessoas que estavam felizonas e, por dentro, despedaçadas. Essa mentira necessária se tornou obsessão ou algo parecido com isso. E quando é verdade, também merece compartilhamento. Ok, faz parte desse mundo virtual e nos encaixamos nisso de uma maneira ou outra. Se a intenção é mostrar quem realmente somos, seria mais interessante fazer check-in da rotina, que tem um baita lado positivo. Posts reais, de lugares simples - e por quê não?, de experiências diárias e sem pompas poderiam compor, talvez, uma campanha legal. Gerar um engajamento com o dia-a-dia, com a verdade dos fatos, com o pão com ovo da janta. Partiu?