Jornalismo fino, elegante e sincero

Não adianta, não consigo fingir que alguma coisa pode virar notícia quando não há a menor possibilidade disso acontecer. Não dá pra inventar pauta …

04/03/2016 16:56 / Atualizado em 11/03/2016 16:57
Não adianta, não consigo fingir que alguma coisa pode virar notícia quando não há a menor possibilidade disso acontecer. Não dá pra inventar pauta só para agradar o cliente. Criar nota que não interesse o leitor, só o assessorado. Nestes casos, recorrer à publicidade pode ser uma boa dica. Mas entrar nesse jogo de eu finjo que dá e tu finge que acredita só para garantir o fee mensal, não é uma boa. Ao longo destes anos de assessoria aprendi a ser sincera. Perco o cliente, mas não esqueço da ética e da confiança que criei com os colegas dos veículos. A comunicação social não é um conto de fadas, um tapa buracos ou esse monte de beijinho no ombro que alguns gestores querem dar. O lance é sério, é responsável. A empresa que quer estar na mídia tem que estar com o tema de casa feito. Antes de estar nos jornais, é preciso saber como queremos aparecer, se estamos prontos para isso. A terceira pessoa é proposital neste momento, porque a partir da contratação, vestimos a mesma camisa. Sempre o negócio vai ser o melhor para o dono do que o dos concorrentes. Se não acreditarmos no nosso, quem vai levar fé? Mas essa crença precisa ser verdadeira, precisa ter fundamento. E então, pode virar case, notícia, pauta. O discurso deve ser afinado para que o resultado seja compensador e verdadeiro. Além - ou até ao invés de - estar na mídia, diferentes ações de marketing podem e devem ser criadas para uma comunicação assertiva. O pulo do gato é saber o objetivo e os caminhos para chegar nele.