O direito de resposta

É lei e acho que, mesmo se não fosse, deveria sempre existir. Todo mundo pode errar e tem o direito de se redimir. A …

08/07/2016 16:39 / Atualizado em 10/12/2016 11:53
É lei e acho que, mesmo se não fosse, deveria sempre existir. Todo mundo pode errar e tem o direito de se redimir. A correria do deadline, a quantidade de matérias a serem entregues e talvez o não conhecimento tão profundo do tema, pode resultar em reportagens confusas, com informações equivocadas ou em absurdos mesmo. Claro que não deve ser legal para quem está na bancada das redações ter que fazer isso. Eu não ia gostar. E ter que aturar assessores ligando e dizendo que a matéria assinada pelo seu nome não condiz à realidade de alguns fatos. Acho digno e exemplar os veículos que aceitam de boa. Que entendem o outro lado - sem esse papo de ser lei - e retificam. Acho de última quando a correção é inserida em duas linhas na página menos lida, mesmo que isso seja praxe. Esta errata jamais terá o alcance da publicação original. Mas ok, faz parte. Acredito que todos querem e acreditam em uma imprensa isenta, justa e responsável. Em repórteres/editores que se pautam por interesse da sociedade e que não desinformem ou usem dados obsoletos. Nós, assessores, temos todo o interesse em esclarecer os fatos, mesmo quando não são tão positivos assim. Ou pelo menos deveríamos ter. O jornalismo não existe para desconstruir ou transformar afirmações populares em palavras escritas. Para isso temos o dever de informar e ouvir todos os lados envolvidos. A informação deve ser verdadeira, apurada e checada com cuidado, principalmente em questões que envolvam assuntos de interesse público e afetem diretamente a vida de milhares de pessoas. Caso contrário, a errata vai virar praxe e o valor do jornalismo acaba se perdendo. Tenho certeza que todos querem uma imprensa livre e vigilante, mas responsável e imparcial.