Temos nosso próprio tempo

Nós, jornalistas, vivemos num mundo à parte quando o assunto é tempo. A maioria das notícias tem duração, ainda mais nessa geração que tudo …

19/02/2016 17:22 / Atualizado em 26/02/2016 17:49
Nós, jornalistas, vivemos num mundo à parte quando o assunto é tempo. A maioria das notícias tem duração, ainda mais nessa geração que tudo voa. É uma batida diferente, um relógio que anda mais rápido, uma correria característica de quem tem o jornalismo na veia. Confesso que essa vontade de vencer os ponteiros é um dos meus principais motivadores da profissão. Acredito que seja - ou deveria ser ? uma premissa para ser um bom jornalista e não uma mera característica de personalidade. Para os colegas de veículos, que dependem da gente ou de uma outra fonte, o tempo - imagino eu - tende a ser ainda mais curto. O jornal tem hora para rodar, o programa precisa entrar no ar e o VT tem que ser editado ainda. A hora é agora, o deadline é curto e o nosso desafio diário deve ser sempre vencido antes do sol se por. Ah, nos finais de semana e feriados também. Mas para isso, algumas vezes, não depende apenas de nós. Na assessoria de imprensa, é preciso que o assessorado entre no jogo, vista a camisa e entenda que não somos ansiosos e sim bons profissionais. Que se não respondermos a tempo, o concorrente pode marcar presença. Que se não nos posicionarmos, perdemos credibilidade. Não temos tempo a perder. Tem entrevistas ao vivo que exigem pontualidade. Antes de avisar o entrevistado, já tivemos uma conversa com a produção e deixamos tudo combinado e negociado. Então, caro assessorado, faça o combinado para estarmos sempre pontuando. Somos pagos para isso e, acredite, é um baita investimento. Façamos todos a nossa parte que o resultado aparece rapidinho. Pode confiar.