Sindjors volta a debater sobre venda da sede de Pelotas

Encontro com associados será logo mais, às 19h, na entidade, em Porto Alegre

Milton Simas

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) volta a trazer para o debate a possibilidade de venda da sede de Pelotas, onde, atualmente, funciona a Delegacia Regional. A fim de discutir uma possível negociação e avaliar o fato com os associados, a diretoria da entidade, na pessoa de Milton Simas, convida para o encontro a se realizar logo mais, às 19h, na sede do sindicato, em Porto Alegre (Rua dos Andradas, 1270, sala 133).

O assunto foi trazido pela primeira vez em outubro durante congresso extraordinário. Na ocasião, ficou definido que a transação de bens da entidade deverá ser votada em assembleia especialmente convocada, por decisão de dois terços dos associados. Simas falou ao Coletiva.net que está obedecendo ao documento oficial votado no congresso, e que diz que a venda e/ou alienação dos bens da entidade deve ser precedida de debate com a categoria, com antecedência mínima de 30 dias.

Segundo ele, a venda da sede de Pelotas deve ajudar nas despesas do sindicato, que vem enfrentando dificuldades financeiras em razão da nova legislação trabalhista e do Grupo RBS que, em abril, deixou de repassar à entidade a taxa negocial dos seus colaboradores. "Esta contribuição é significativa para as ações sindicais. A quebra do acordo gerou um rombo de mais de R$ 160 mil nas finanças do Sindjors, comprometendo as suas atividades", explicou o presidente.

O grupo de mídia, por sua vez, informou que a empresa está seguindo a determinação do STF, que determinou que as empresas não podem descontar taxa assistencial dos colaboradores para repasse aos sindicatos, a menos que haja concordância expressa, escrita e individual de quem não é sócio da entidade. Dos associados, segue o desconto normal.

Na próxima segunda-feira, 18, o mesmo debate será realizado em Pelotas, conforme adiantou Simas. "Ninguém gosta de se desfazer de um patrimônio, mas não temos outra alternativa diante do acúmulo de despesas", afirmou. Após os encontros, o sindicato planeja convocar Assembleia Geral, provavelmente em janeiro, para definir o futuro do patrimônio.

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