Cinco perguntas para Nando Donel

Jornalista da rádio Pampa estreou na literatura com a obra 'Rota de Mim'

25/01/2019 11:21
Cinco perguntas para Nando Donel /Divulgação

1 ? Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou jornalista e escritor, apresentador do programa Pampa News, na rádio Pampa, junto com Paula Cardoso e os comentários de Gustavo Victorino. Tenho 23 anos, sou paranaense de Francisco Beltrão e, há pouco mais de cinco anos, moro em Porto Alegre. Me mudei para estudar Jornalismo na Uniritter, e, em um ano de curso, comecei a estagiar na Pampa. Com dois anos de estágio fui contratado como radialista e faz seis meses que me formei.

2 ? O que o fez escolher trabalhar com Comunicação?

Durante o ensino médio, um professor de Física que trabalhava em rádio e um outro professor que também era músico colocaram na cabeça que eu deveria trabalhar em rádio porque tinha uma voz bonita. Esse professor de Física abriu mão do lugar dele na rádio para que eu apresentasse o programa na Rádio Comunitária Anawin. Eu tinha 16 anos. Trabalhei 24 meses e me mudei para Porto Alegre. Antes de ingressar na Pampa, apresentei o primeiro programa noticioso da Rádio Comunitária Fátima FM, de Canoas, por três meses.

3 ? Como surgiu a ideia de lançar o livro 'Rota de Mim'?

A escrita, para mim, é uma necessidade, quase uma terapia, simplesmente precisa sair. Amo a arte e posso dizer que ela me salvou em muitos momentos. Começou com um desabafo em meu diário, que mantenho desde a infância, e desenvolveu para algo que valia a pena compartilhar. Tento fugir dos rótulos porque parece que me isola, me coloca em uma caixa. A minha arte é livre na produção e na interpretação. O livro 'Rota de Mim' surgiu na ideia de fazer um livro de poemas que contasse uma única história, então, a composição dos poemas é pensada para ser uma história subjetiva, mais uma vez, livre na produção e, principalmente, na interpretação. Fala sobre amor, término, recomeço, dor e carícia da alma, como a vida é.

4 ? O que a comunicação e a literatura têm em comum, em sua opinião?

Na comunicação diária, eu busco ser compreendido de maneira fácil, mesmo em assuntos complexos. Na literatura não tenho esse objetivo. Mas principalmente os cenários político e policial têm um enredo fascinante. No meu livro, a união de poemas forma uma história, na política, por exemplo, a composição de notícias forma uma história complexa. Então, nos dois casos precisamos saber unir elementos para montar o quebra-cabeça. O jornalista tem um papel de extrema importância que é de unir as informações sobre determinado caso, preocupado com a verdade, mas também preocupado para sua tendência ideológica não respingar no ouvinte. A literatura abraça um mundo paralelo para fugir da realidade, o jornalismo abraça a realidade sangrenta.

5 ? Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Tenho o objetivo de publicar outros livros. Tenho mais dois títulos de poemas prontos, mais dois romances em finalização. Seguir com o compromisso jornalístico de trazer a verdade sempre, no rádio, que é a minha paixão. A democracia é amante de uma imprensa livre e o jornalismo exige uma imprensa ética. Por isso, repito uma frase que escutei durante todo o curso de Jornalismo, do professor Roberto Villar Belmonte: "Vida longa ao Jornalismo!". E jornalista é jornalista com diploma.