Prêmio Camp da Democracia quer valorizar profissionais do Marketing Político

Presidente do coletivo, Bruno Hoffmann também pretende desmistificar a categoria

Bruno Hoffmann, presidente do Camp - Reprodução / Camp

Com a intenção de reconhecer o trabalho de profissionais e empresas que atuam diretamente em campanhas eleitorais, governamentais e de defesa de interesse, o Clube Associativo de Profissionais do Marketing Político (Camp) lançou a primeira edição do Prêmio Camp da Democracia. Em conversa com Coletiva.net, Bruno Hoffmann, da agência Esplanada, de Brasília, explicou a importância da distinção, como surgiu a ideia e o como será o processo de escolha dos vencedores.

"Desde as primeiras reuniões do Camp, há 14 meses, tínhamos a ideia de criar uma premiação. Uma distinção de Marketing Político não existe no País, mas é notório que, em todo o meio publicitário, existe um mercado fortíssimo de premiações. No entanto, para nós, profissionais da democracia, como gostamos de nos chamar, não existia nada disso", contou Hoffman. De acordo com ele, a premiação é um passo estratégico importante na valorização dos envolvidos nesta área. "Queremos que todos entendam melhor o impacto e a qualidade dos trabalhos eleitorais, para que as pessoas tenham mais acesso a quem está bem preparado para assumir determinado posto", ressaltou.

O presidente do Camp contou que o prêmio em si, embora seja novidade no Brasil, acontece há décadas nos Estados Unidos e na Europa. Por conta disso, Hoffman foi atrás de uma parceria com a Associação Americana de Consultores Políticos, a AAPC, com o objetivo de utilizar a mesma metodologia de inscrição e de julgamento das inscrições - e conseguiu: "É um sistema de perguntas e de peso de respostas que o júri, na hora de avaliar, contará com todo um esquema pronto para poder definir e fazer a sua análise sobre os candidatos". Segundo ele, o sistema é eficiente e já testado, que trará ainda mais importância à distinção do Camp. "É bastante relevante já ter uma marca assim associada ao prêmio no nosso primeiro ano", comemorou.

Hoffman lembrou que as categorias não serão somente eleitorais e nem apenas para 2018. "Como é o primeiro ano, a gente está indo até 2016. Então, qualquer campanha eleitoral de 2016 e 2018 pode participar. São 22 categorias e a gente espera que tenha um volume grande de inscrições", afirmou. Além disso, o presidente do coletivo destacou que, durante a submissão de campanhas, os candidatos serão avisados que não podem fazer menção à empresa ou à pessoa física responsável por aqueles trabalhos. "Quem estiver avaliando, não saberá quem fez. Os jurados julgarão sem ter conhecimento de quem foi responsável. Somente eu, como presidente do Camp, saberei, mas não serei jurado e ficarei por trás da plataforma, coordenando tudo, fazendo a distribuição correta das categorias para os jurados, garantindo, assim, que cada um não tenha qualquer tipo de ligação com as categorias que esteja julgando", disse.

"Queremos mostrar para o mercado que o profissional de marketing político só tem trabalho e sua atividade só acontece de forma plena em um ambiente democrático. Somos grandes defensores da democracia", ressaltou Hoffman. Para ele, as estratégias e a criatividade dos profissionais da área fazem com que a participação popular seja maior e, por conta disso, pretende desmistificar essa categoria, objetivando mostrar a importância da atuação deste setor.

Hoffman finalizou afirmando que o próximo grande passo do Camp será, de fato, o prêmio que, além dos associados, contará com pessoas reconhecidas da área, mas de fora do coletivo, para compor o júri. De acordo com o presidente da entidade, a segunda edição da distinção ainda não está definida, mas deve acontecer em 2021, após as eleições municipais.

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