OPINIÃO O Brasil tem 65 bilionários, segundo a revista Forbes. Qual o significado disso? As empresas nacionais sólidas e competitivas? O país como um todo está mais rico? A economia se tornou mais forte? As pessoas estão vivendo melhor? Os rankings da revista fazem estrondoso sucesso na mídia nacional, que, em geral, repercutem mecanicamente, sem uma análise mais acurada de seu significado. A expansão do pequeno grupo de bilionários seria então uma prova cabal de que o Brasil é um terreno propício ao empreendedorismo? O que devemos festejar com esses bilionários? Por que alardear esses hiper-ricos? Vamos explodir fogos de artifícios? Não se pode deixar de observar, em primeiro lugar, que a economia nacional ganhou peso nas últimas décadas, com a expansão da classe média, favorecendo uma inserção internacional mais forte das grandes empresas no País. O que tornou seus proprietários que já eram ricos, mais ainda ricos. Mas há também outro aspecto menos louvável no reino do capitalismo contemporâneo, motivo pelo qual o Brasil é tido como um paradigma: a riqueza se concentra rapidamente, conforme aponta a nossa história, quando os juros disparam em momento de crise, quem recebe são os mais ricos, sempre! A persistente crise econômica do país, do capitalismo, tem na concentração de riqueza um de seus fatores mais determinantes. O grande problema é enfrentar essa concentração, sobretudo, nos momentos de crise. Nada contra alguém ser bilionário. Mas tudo contra quando essa riqueza aumenta em decorrência da desgraça da maioria. Melhor seria comemorar o crescimento das pequenas empresas, que geram a maior parte dos empregos no nosso País, movimentando a economia e melhorando a vida das pessoas. Melhor seria comemorar a quantidade anual de pequenas empresas que se tornaram grandes pelos seus próprios méritos e em virtude de um ambiente favorável ao empreendedorismo. Que o Brasil tenha muitos novos bilionários, mas com a condição de que sejam acompanhados de mais trabalhadores empregados com renda decente, mais oportunidades para todos, mais gente com educação de qualidade e mais pessoas com acesso a serviços eficientes de saúde. Mais bilionários, somente isso, não quer dizer nada. Ou melhor, quer dizer que algo vai muito mal. Ou alguém duvida?
CAPAS Aconteceu na ESPM de Porto Alegre, e a partir do dia 21 acontecerá em Caxias do Sul, na UCS, às 19h, a Exposição de Jornais Centenários da América Latina, uma mostra com as capas dos jornais da América Latina que teve no 20º Festival Mundial de Publicidade de Gramado. Em Porto Alegre, a exposição vai até o dia 20 e em Caxias do Sul, até o dia 25. A entrada é franca.
POLAR O aumento no valor da carne em todo o estado não será um empecilho para o personagem principal do tradicional 20 de setembro: o churrasco. A Polar irá bancar em 40% cerca de seis toneladas nos cortes de costela (3 ton) e vazio (3 ton) no açougue da Rua Felizardo, 465, em Porto Alegre, e General Osório, 1403, de Pelotas. No dia 19 de setembro, os estabelecimentos abrirão as portas de nova cara e terão nome diferenciado por um dia: #VaiterChurras Polar. A ação inicia às 08h,
com descontos no valor da carne até às 20h ou enquanto durarem os estoques. O objetivo é possibilitar aos gaúchos um baita churras em sua data principal, a Revolução Farroupilha, e celebrar o orgulho da tradição em família e amigos.
DESAFIO Em um tempo em que a tecnologia tende a ocupar praticamente todos os espaços no dia-a-dia das pessoas, os formatos de mídia se veem obrigados a acompanhar esses avanços tecnológicos e a comunicação passa por mudanças significativas. As redes sociais, por exemplo, permitem que seus usuários façam muitas vezes o papel de repórter e propaguem informações praticamente em tempo real, função anteriormente restrita aos jornalistas. Isso não significa, no entanto, que o jornalismo perdeu importância, tampouco que não haja espaço no mundo virtual para o bom e velho fazer jornalístico. O desafio agora é encontrar novas formas de marcar presença no cotidiano do público, acompanhando a velocidade cada vez mais intensa das informações.
NÃO CURTI! O tão esperado (ou não) botão de ?não curti? do Facebook pode estar a caminho. Ou pelo menos é isso que seu fundador deu a entender na última terça-feira, 15. Durante uma sessão de perguntas e respostas online promovida pela rede social, Mark Zuckerberg declarou que o desejo de muitos usuários pode estar próximo de se tornar realidade. A ideia, segundo o CEO, é dar às pessoas a oportunidade de prestar solidariedade ou assinalar insatisfação quando se depararem com um daqueles posts negativos em seus feeds, como notícias sobre desastres ou mortes, por exemplo. Zuckerberg afirmou que a intenção não é tornar o Facebook em uma espécie de fórum onde as pessoas passem a votar contra ou a favor alguma publicação, mas dar a elas a possibilidade de mostrar empatia umas às outras mesmo em momentos difíceis.
MAIS IMPOSTOS A Câmara aprovou, em turno único, o projeto de lei 366/2013, que discorre sobre a cobrança de impostos sobre serviços de qualquer natureza. Na prática, a aprovação pode ter impacto na vida de pessoas que utilizam serviços como Netflix e Spotify, por exemplo. Esses e outros produtos como lojas de aplicativos e conteúdos online devem ter seus valores aumentados devido à nova tributação, já que eram imunes a esse tipo de taxa até o presente momento. Segundo o texto, aprovado por 293 votos a favor contra 64, o valor mínimo a ser cobrado nos ISS (Imposto Sobre Serviços) é de 2%. Além dos produtos online, outras áreas também serão impactadas com a nova regra, como a aplicação de piercings e tatuagens e serviços funerários. O não cumprimento da medida por parte de prefeitos pode resultar em cassação do mandato e de direitos políticos por até oito anos.
MULHERES A Associação Brasileira dos Agentes Digitais (Abradi) está coletando dados para a sexta edição do Censo Digital, com o objetivo de atualizar o panorama do setor de comunicação digital no País. O tema da pesquisa este ano é a participação feminina no setor. Estima-se que o percentual de mulheres empreendedoras neste mercado no Brasil ainda é muito baixo. Nos Estados Unidos, a estimativa é que sejam 33% e 19% na Europa. Há um movimento mundial para empoderamento de mulheres nas empresas. A União Europeia realiza, em outubro, um encontro no qual lançará um manifesto de incentivo às mulheres empresárias. Organizações voltadas para as necessidades femininas no setor pipocam: ?WeHubs?, na Europa, ?Code Like a Girl?, na Austrália, e ?Young Women in Digital?, nos EUA.
GERAÇÃO Z Assustador e alentador o debate sobre a geração que não usa e-mail, não está no Facebook, não encara a carreira como o principal pilar da vida. A geração Z. Assustador porque chacoalha nossos conceitos, embaralha nossa visão - como tudo pode ser tão diferente em tão pouco tempo? Alentador porque traz esperança de um mundo melhor. A geração Z já representa 20% dos brasileiros. Com até 19 anos, são chamados nativos digitais, pois cresceram com o avanço tecnológico. Estão imersos nas redes sociais (Quest, 2011), 82% navegam pelo celular (Cetic.br, 2015), ?moram? no YouTube, nunca abriram uma conta de e-mail e acham Facebook ?coisa de pai?. Falam mais com imagens que com palavras. Susto? Sim, até para representantes da geração Y, que nasceram um pouco mais de uma década antes. Mas parece um século. Os ?Zs? são protagonistas, empreendedores e autodidatas - quase 80% deles produzem e compartilham conteúdos (Quest, 2011). Não ligam para hierarquia, nem para diplomas, e não acham que a vida é só a carreira. A vida, na verdade, só faz sentido se fazem o que gostam. Essa perspectiva alentadora já está trazendo mudanças profundas no mercado de trabalho, nos modelos de negócio e de gestão. Dizem que a geração Z será, em pouco tempo, chefe da Y.
PESQUISA Sem dúvida, a experiência comercial de um profissional é importante, mas tomar decisões empresariais somente baseadas no feeling (expressão que indica a capacidade do profissional de agir a partir de suas experiências e conhecimento) passou a ser arriscado em um mercado que passa por constantes alterações. Estruturar um sistema de informação de mercado já não é mais uma ação opcional para empresas que atuam em mercados cada vez mais competitivos, é questão de sobrevivência! Entre os diversos benefícios que a pesquisa pode trazer para uma empresa, destacam-se dois:
- Um dos principais benefícios de um Sistema de Informação de Mercado para o negócio é a possibilidade de enxergar ameaças e oportunidades. Ameaças em relação às ações dos concorrentes, mudanças no comportamento do consumidor ou qualquer outra alteração no ambiente de negócio em que a empresa atua. Da mesma forma que é possível analisar possíveis ameaças, com base nas informações de mercado e da análise de suas capacidades (produtiva, financeira, recursos humanos, marketing, logística entre outras), a empresa poderá criar oportunidades.
- Do ponto de vista operacional, a informação pode contribuir para que a empresa reduza custos desnecessários, aumente a eficiência das ações de marketing e vendas, identifique clientes mais lucrativos ou aqueles que podem ser bons formadores de opinião, etc. Isso significa dizer que o sistema de informação não recebe apenas informações externas, ou seja, do mercado. É fundamental que as informações que estão disponíveis nas diversas áreas da empresa alimentem o "sistema".