Cinco perguntas para Carlos Müller

Profissional de Relações Públicas assume como presidente do Conferp a partir de fevereiro

Carlos Müller foi eleito presidente do Conferp - Divulgação/Carlos Müller

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou Carlos Müller, tenho 36 anos, nascido e criado em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Pisciano, filho único de mãe solteira, fui criado por ela, minha avó e meu tio. Sou casado com Raquel Bom. Formei-me em Comunicação Social, com habilitação em Relações Públicas pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), e me especializei em Branding e Marketing Digital. Coordeno a área de Marketing na NTC Company, uma indústria de matrizes e serviços de injeção de plásticos. Criei a Kyron Knowledge em 2015, meu empreendimento pessoal na área de cursos de Comunicação e Negócios. Estou atuando como tesoureiro do Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (Conferp) na gestão 2019-2022 e fui eleito presidente da entidade para liderar a gestão que assume a partir de fevereiro e permanece até 2025.

2 - Por que escolheu a área da Comunicação?

Sempre me achei criativo, com foco no mundo das artes. Gostava de desenhar quando era mais novo, depois adquiri o gosto pela escrita e, mais tarde, despertei o interesse pela oratória. E o guarda-chuva que melhor acolhia essas habilidades na época do vestibular, sem dúvida, era o da comunicação. Quando comecei minha graduação, as habilitações tinham um tronco comum, tanto Relações Públicas, quanto Jornalismo e Publicidade.

Confesso que minha primeira pretensão de curso de graduação foi Publicidade. Mas, ao pesquisar mais a fundo as disciplinas e demandas de mercado, me encontrei em Relações Públicas. Hoje, tenho absoluta certeza de que fiz a escolha certa, pois essa área tem mais a ver com as minhas características pessoais e profissionais, além de ter potencializado meu senso estratégico. 

Acredito que meu gosto pela Comunicação está no fato de que ela está em todos os lugares, assim como nas relações sociais. Nos negócios e na vida pessoal. Para tudo que fizermos, precisaremos da comunicação, para compreender e para sermos compreendidos, para informar e para sermos informados. Assim, geramos conhecimento e pertencimento. E por meio da comunicação criamos relacionamentos que precisam ser cuidados e protegidos, para que sejam frutíferos e sustentáveis.

3 - Você foi eleito presidente do Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (Conferp) para o próximo biênio. Quais são os desafios que o cargo representa?

Eu tento não pensar muito no cargo em si. Ele agrega para currículo? Agrega sim. Sem dúvida. Mas, se eu finalizar a gestão sendo reconhecido pela postura de liderança e tendo uma entrega que seja positiva para a profissão de relações públicas, já me darei por satisfeito. Missão cumprida.

Claro! Se formos falar de desafios, poderíamos elencar uma série aqui. Ainda mais porque vivemos em um período em que todas as áreas sofreram adaptações com o advento das novas tecnologias e os efeitos da globalização. Com a área de Relações Públicas não é diferente. 

Porém, nosso time (como gostamos de nos chamar) definiu três prioridades para nossa gestão: 1) integrar; 2) valorizar e 3) transformar. E tudo acontecerá de dentro para fora. Ou seja, integrar mais o próprio Sistema Conferp/Conrerps (formado pelo Conselho Federal e cinco Regionais) e logo a categoria como um todo; valorizar e reconhecer os profissionais, ações, cases, pesquisas, eventos, novos talentos e atividades da nossa área; e transformar nossos processos e atendimento com inovação e criatividade.

4 - Quais são as contribuições que espera fazer para a área como presidente do Conferp?

Contribuir para que a profissão volte a crescer, com abertura de novos cursos e grande interesse social. Que mais pessoas conheçam a profissão e que se fale a respeito de Relações Públicas como nunca antes na história.

Que possamos deixar como legado um Conselho bem estruturado (administrativa e tecnologicamente), com saúde financeira para desenvolver mais projetos em prol da profissão. Que tenhamos uma categoria mais unida, mais engajada, mais vibrante, que volte a acreditar no presente e no futuro da profissão. 

Isso seria realmente incrível de se ver.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Como o mundo hoje é bastante dinâmico, pensar daqui cinco anos é muito tempo. Prefiro me concentrar no presente e projetar no máximo dois anos. Nesse caso, entendo que todas as áreas da vida precisam estar em sintonia e equilíbrio. 

Do lado pessoal, desejo ter filhos, viajar e conhecer novos lugares e culturas, cuidar da minha avó e aproveitar melhor cada momento em família e com os amigos. 

Do lado profissional, farei um MBA na área de gestão, quero me desenvolver mais como líder e como pessoa, e participar de mais projetos ligados às relações públicas, à comunicação e à tecnologia. E claro, como todo bom empreendedor, investir um tanto a mais no meu próprio negócio, a Kyron.

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