1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou Cássio Peres, gaúcho, nascido em 7 de agosto de 1975, às 7h30 da manhã, no hospital Fêmina, em Porto Alegre. Morei com a família até os oito anos em Canoas, meu pai era gerente de banco. Em 1986, fomos morar em Caxias do Sul. Lá me formei bacharel em Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Comecei a trabalhar em 1995, na RBS TV Caxias, como estagiário. Depois, fui contratado para a editoria de Geral e, por fim, fui editor-chefe e apresentador do Globo Esporte e Jornal do Almoço de Caxias do Sul. Logo depois, trabalhei na UCS TV tendo o UCS TV Esportes e, por fim, voltei a Porto Alegre em 2004, quando trabalhei no Canal Rural. Aqui em Porto, saí do Canal Rural em 2011 para montar a minha empresa. Com a Farol Produtora, trabalhei até 2014 e, em 2015, virei assessor de imprensa do então vice-prefeito Sebastião Melo. Logo em seguida, fui assessor da deputada estadual Regina Becker e, em 2018, entrei na RDC TV, na primeira vez que fui convidado. Fui convidado a trabalhar aqui em 2018 pelo diretor de Jornalismo na época, Fabio Ramos Berti, meu amigo e colega de faculdade em Caxias do Sul. Saí em agosto de 2019 para tocar novamente o meu projeto pessoal em marketing político. Trabalhei na campanha a prefeito em Marau com o publicitário Alexandre Mattos, da Relevance. Vencemos por quase nove mil votos de diferença.

2 - Como surgiu o convite para assumir a gerência de Programação da RDC TV em 2021?

Entendi que o projeto que me preparei para o marketing político tinha sido vitorioso e era hora de voltar para minha paixão, que é a TV. Neste meio-tempo, no meio da campanha do ano passado, voltaram os convites para retornar à RDC, por parte da diretora Financeira, Lucélia Souza, e do presidente, Márcio Irion. Passamos alguns meses em alinhamento, até assumir em 6 de janeiro de 2021.

3 - Qual é o sentimento de retornar para este setor na emissora?

É o sentimento de voltar para casa. A Lucélia, o Márcio e outros colegas me receberam como estar na sala de casa. Aqui é uma extensão de casa, mas com integrantes novos e queridos como Carlos Totti, do Comercial, Ananda Müller, da Redação, e tantos outros colegas que tenho tanta sinergia. É a empresa que me dá autonomia de usar o conhecimento de 'vinte e poucos' anos em TV. E o mais bacana é ver os resultados acontecendo. A RDC de hoje nem de longe é a RDC de 2019. Óbvio, as pessoas evoluem, as empresas evoluem, e a RDC evoluiu muito profissionalmente. Existem processos profissionais em todas as áreas, existem ferramentas de gestão utilizadas em todas as áreas. Quando voltei, implantei o feedback com cada profissional, deixando aberto para sonhos, expectativas e processos em desenvolvimento, como outras ferramentas que também utilizamos.

4 - De que forma pretende qualificar a Programação da RDC TV?

Sempre fui um cara da qualidade, da pós-produção, da direção de cena e da direção geral. O momento, hoje, é de quebrar paradigmas, ou seja, temos excelentes produtos sendo elaborados no Rio Grande do Sul. Nós temos um celeiro talentosíssimo de profissionais, mas precisamos encaixar esses produtos em modelos de negócios viáveis. O audiovisual de qualidade, com uma estética de excelência, precisa ser valorizado pelas marcas gaúchas e isso está acontecendo, mas o dínamo de desenvolvimento do audiovisual precisa ser ainda mais potente. Somos uma emissora única no Sul do país, que é ao mesmo tempo emissora de TV, e conteúdo digital para as redes sociais. Somos já o futuro que muitas startups tentam se redefinir em conceitos. Nos próximos meses, a RDC vai apostar em jornalismo próprio e entretenimento. Programas como Manhã RDC com apresentação de Armando Burd e Ananda estão indo para a fase de pilotagem. Uma surpresa gigantesca, em breve, entrará no ar...teremos um programa no fim da manhã, incrível.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Meu objetivo, do fundo do coração desde o primeiro momento que vi a RDC nascer, foi de transformar esse em um dos maiores grupos de comunicação do País e, consequentemente, ser uma opção de desenvolvimento profissional para os colegas da área do Jornalismo e do audiovisual. Estamos vivendo um momento triste e angustiante, hoje, no mundo, mas precisamos acreditar que cada passo nosso em busca do melhor vai pavimentar um caminho para dias melhores. A gente trabalha todos os dias com o 'nó na garganta', sabendo que vivemos uma época de aflições, mas se, em cada dia de trabalho a gente puder ajudar de alguma forma, seja com conteúdo de entretenimento ou informação, se isso for uma forma que vá ajudar mesmo, estamos no caminho certo. Então, daqui a cinco anos, quero tornar essa empresa um canhão em comunicação . E, em dez anos, passar o bastão para alguém seguir dirigindo, junto com o Márcio, já que vou querer estar morando na praia.