Cinco perguntas para Giovani Gafforelli

Repórter da rádio Guaíba conduziu série especial com 13 reportagens sobre a lei que proíbe bebida alcoólica em estádios de futebol

Giovani Gafforelli está há um ano e nove meses na rádio Guaíba - Crédito: Arquivo pessoal

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Meu nome é Giovani Gafforelli, tenho 33 anos e sou natural de Porto Alegre. Jornalista formado pelo Centro Universitário Metodista do Sul IPA, em 2016, e, atualmente, repórter da rádio Guaíba. Trabalho na área desde 2012, quando ingressei na faculdade. Considero-me um profissional multimídia, com experiência em assessoria de imprensa e em veículos. 

Em assessoria, trabalhei nos governos estaduais de Tarso Genro (2013/2014) e José Ivo Sartori (2015) e no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (2015). Também fui gerente de Comunicação na Câmara Municipal de Novo Hamburgo (2018), e atuei na Comunicação da Prefeitura de Canoas (2021). No radiojornalismo, já fui correspondente para emissoras da região da Serra gaúcha, produtor-executivo nas rádios Pampa, onde fui apresentador por um curto período, e Guaíba, onde hoje sou repórter. Durante a faculdade, também fui presidente do Diretório Acadêmico da Comunicação Social do IPA.

2 - Como despertou seu interesse para o Jornalismo? Quando decidiu seguir este caminho?

Sempre estive muito ligado ao Jornalismo. Minha mãe sempre foi assinante do jornal Correio do Povo e é uma 'guaibeira' fiel. Quando criança, ganhei uma máquina de escrever e utilizava o equipamento para descrever os principais acontecimentos da minha rua, que resido até hoje, em uma espécie de 'jornal comunitário', no qual alguns exemplares eram distribuídos pela vizinhança de bicicleta. Também sempre fui um ouvinte fiel do rádio. Quando iniciei a faculdade tinha o sonho de ser repórter de jornal impresso, mas descobri o radiojornalismo, uma paixão que me move até hoje. Trabalhar na Guaíba é a realização diária de um sonho profissional de criança.

Eu iniciei minha vida acadêmica na Educação Física, onde fiz metade do curso, e muito estimulado pela minha mãe, dona Eunice, larguei tudo para seguir o sonho de criança de ser jornalista. Por todas as experiências que acumulo até agora na carreira, creio ter feito a escolha certa. Hoje não me imagino fazendo outra coisa que não Jornalismo. 

3 - Como foi a repercussão da série especial sobre as bebidas alcoólicas nos estádios?

A repercussão tem sido a melhor possível. Com as 13 reportagens feitas, considero-me um "especialista" no assunto. Já fui procurado por colegas para falar sobre o tema em canais do YouTube e em podcasts que tratam sobre o assunto. Creio que é um debate fundamental e que não se trata apenas das bebidas e sim das nossas liberdades individuais e também sobre a violência nos estádios. Acredito que a pauta despertou diversos pontos de vista que, em 2018 (quando tramitou na Assembleia Legislativa outro projeto para liberar o consumo de bebida alcoólica dentro dos estádios), não foram levantados, como a identificação de quem faz confusão nos estádios, a ausência de dados da Segurança Pública para comprovar a eficiência da proibição e também como outros Estados, que já liberaram o consumo, tem lidado com o problema da violência. 

Nessas 13 reportagens, ouvi autoridades, especialistas, e presidentes dos times de futebol. Descobri um clube do interior gaúcho que encontrou uma brecha na lei e comercializa bebidas em uma área anexa ao estádio. Ouvi uma mudança de posicionamento do Ministério Público, que antes era contra e agora é a favor, e também mostramos um deputado, que voltou atrás em um projeto de lei que tinha para proibir o consumo de bebidas também no entorno dos estádios. É um trabalho que tenho muito orgulho e carinho e tenho a ambição de ganhar algum prêmio com ele no final de 2022. 

4 - O que você gosta de fazer quando não está trabalhando?

Gosto de ficar com a minha mãe, a minha namorada e com os amigos. Como bom torcedor do Grêmio, também gosto de assistir a todos os jogos do tricolor (ainda que no último ano isso me gerou algum estresse - risos!) Sou amante do bom churrasco e fã de séries e filmes para desopilar. Também gosto de viajar e estar em contato com a natureza para recarregar as energias. 

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Penso que na área do Jornalismo tudo muda muito rápido. Tenho alguns objetivos bem claros para este ano. Recentemente, rejeitei uma proposta vantajosa para liderar uma equipe de Jornalismo porque acredito que ainda tenho portas para abrir na rádio Guaíba. Uma das minhas metas para este ano é começar a apresentar programas na emissora, oportunidade que terei agora em abril, quando substituo o amigo e colega Sandro Fávero, durante suas férias, no 'Guaíba Correio Rural' (minha estreia como interino será na próxima terça-feira, 12 - conto com a audiência de todos). Acho que 2022 será um grande ano, com muitas oportunidades de crescimento para mim. Em cinco anos, com a carreira consolidada, planejo voltar a trabalhar com Jornalismo Político.

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