1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?
Sou Jerônimo Silvello, ou Jero, para quem me conhece há mais tempo. Nasci em Porto Alegre, passei parte da minha infância nas ruas do Jardim Botânico. Aos sete anos, mudei com meus pais para Cachoeirinha, onde vivi e construí laços de amizade que trago até hoje. Aos 23 anos, retornei para Porto Alegre.
Sou sócio-fundador da Real Comunicador e Marketing, mestre em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), onde pesquisei a participação do público nos veículos de mídia. Sou especialista em Produção e Criação de Conteúdos Digitais pelo Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter) e jornalista pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
Com 15 anos de experiência, já fui produtor e editor da Band RS, Rede Globo e RBS TV. Atuei como assessor de imprensa e participei de temas estratégicos para o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae-RS), Braskem, Rede Laghetto, BarraShoppingSul, Golden Lake, entre outros.
Não posso deixar de dizer ?quem sou? sem mencionar que tenho um projeto musical chamado 'Liverpoa Beatle Band', onde interpreto o Paul McCartney. Gosto de conversar, reunir amigos, assistir documentários sobre música e ocupar meu tempo com um novo hobby: escutar vinil.
2 - Por que optou pelo Jornalismo?
Desde pequeno, tive uma relação muito próxima com música, tocando violão e piano, tendo projetos de banda e um ouvinte assíduo de rádio FM, além do sonho de conhecer aqueles artistas que sempre fui fã. Antes de entrar na faculdade, acreditava que o Jornalismo me colocaria dentro de uma emissora de rádio e, consequentemente, mais próximos desses ídolos. Porém, acabei indo por outros caminhos dentro dessa trajetória.
Em uma aula de 'Tele 1', ministrada pela professora Luiza Carravetta, ela foi professora do Elói Zorzetto, despertei o olhar para outras áreas da profissão, em especial para a televisão. ?Depois desta disciplina, vocês nunca mais assistirão TV como antes?, disse ela no primeiro dia aula. E foi verdade.
Ainda no segundo semestre de faculdade, participei de um processo seletivo para uma vaga na TV Unisinos, quando não havia feito nem a disciplina de pré-requisito para a inscrição no processo seletivo. Passei e iniciei o estágio. A vaga era para o arquivo da TV. Em dois anos, passei por todas as funções: pauteiro, produtor, repórter e apresentador. Isso me deu uma boa experiência para buscar outras oportunidades, como a Band RS e, na sequência, a Rede Globo, no Rio de Janeiro. E depois a RBS TV, em Porto Alegre.
Depois de alguns anos nessa área, pulei para o outro lado do balcão e resolvi investir em assessoria de imprensa para entender melhor sobre estratégias de Comunicação, muito motivado pelos insights que tive no curso de Produção e Criação de Conteúdos Digitais. O contexto de vida e a necessidade de mais tempo livre também influenciaram nessa decisão.
3 - Em abril, a Agência Real Comunicação celebrou seu primeiro ano com expansão no mercado. Como está sendo a experiência?
Está sendo maravilhoso. Nove em cada 10 clientes que pedem uma reunião de negócio chegam até nós por indicação de alguém que já trabalhou e ficou satisfeito com a entrega e os resultados conquistados com Assessoria de Imprensa ou gestão de redes sociais.
Trabalhar com estratégias de Comunicação é como ser o fermento em uma receita de bolo. Neste primeiro ano de agência, acompanhei o crescimento real de empresas, ajudei a construir reputação de pequenos empreendedores e vi bons negócios serem fechados com o auxílio direto da Comunicação. Esses relatos dos nossos clientes nos deixam ainda mais motivados e com certeza de que estamos ajudando e crescendo junto com o negócio deles.
E ter um sócia/noiva/namorada/amiga/companheira/parceira, a Regina Albrecht, que ajuda nessas tomadas de decisões ajuda muito. É uma troca de experiências que ajudam de todas as formas.
4 - Na sua opinião, quais são os principais desafios da profissão?
Ser jornalista não é uma tarefa fácil. Hoje, estamos envolvidos por um universo de fake news e desinformação, com disseminação de conteúdos pelas redes sociais, onde é cada vez mais difícil distinguir o que é realmente confiável. O trabalho de Assessoria de Imprensa pode ser fundamental para ajudar o jornalista, de veículo, a se situar. Outro aspecto importante é a Inteligência Artificial, onde as possibilidades transcendem o Jornalismo tradicional.
Quando optei por ser jornalista, era muito vislumbrado com o que via na televisão. Do lado de dentro, a realidade é um pouco diferente. Nessa corrida do dia a dia, ganha quem estiver mais facilidade e maleabilidade para acompanhar a efervescente transformação social tecnológica.
A necessidade de adaptação é mais do que um diferencial, ela faz toda a diferença para quem sonha em ser jornalista, mas o frio na barriga precisa estar sempre presente. É ele que vai fazer valer a pena aquele feriado trabalhado, aquele Natal longe da família ou aquela cobertura de Carnaval dentro de uma redação.
Hoje, depois dessa transição de carreira para o empreendedorismo, o frio na barriga é o mesmo, mas com outros propósitos. Ver o brilho no olhar de outros empreendedores, ajudar os negócios a terem visibilidade e notoriedade e poder ser um agente propulsor que transforma uma dor em resultado, por meio de estratégias de Comunicação.
5 - Quais são os seus planos para os próximos cinco anos?
Quero, cada vez mais, consolidar o trabalho da Real Comunicação como uma referência em estratégias de Comunicação, em auxiliar o empreendedor que tenha uma necessidade de Comunicação para o seu negócio e seguir dividindo com eles as nossas conquistas. Também penso que as parcerias que estamos construindo com outras agências e com parceiros de negócios são um ponto importante para esse crescimento.
Cada vez menos, as pessoas estão se importando com a concorrência. E isso é um novo modelo de parceria que surge no mercado e que molda a nossa filosofia de trabalho dentro da Real. Afinal, quando um cresce, todos crescem juntos.