Cinco perguntas para Silvia Saraiva de Macedo Lisboa

Jornalista desenvolveu a reportagem que a garantiu uma posição de finalista no Prêmio de Comunicação José Luiz Setúbal com auxílio de uma bolsa internacional destinada às mulheres

Silvia Saraiva de Macedo Lisboa é mestre e doutoranda em Comunicação pela Ufrgs. - Crédito: Divulgação

1. Quem é você, de onde vem e o que faz?

Chamo-me Silvia, sou mãe da Isabel, de 13 anos, e do Francisco, 9, e esposa do Alexandre de Santi, também jornalista. Sou formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), mestre e doutoranda em Comunicação pela mesma instituição. Nasci em Bagé, mas nunca vivi lá. Mas é no Pampa que estão grande parte das minhas raízes.

2. Qual foi a sua motivação para escolher a carreira na Comunicação?

Ainda não entendo bem de onde veio a minha escolha. Não tenho jornalistas na família, exceto um primo distante, com quem tive pouco contato (temos mais contato agora do que quando fiz a escolha). Mas meus pais e uma tia, a quem sou muito ligada, têm muito apreço pelo Jornalismo, são consumidores de notícias e reportagens em todos os meios. Cresci lendo e recortando jornais e revistas, e sempre fascinada com a chance de conhecer novas realidades e mundos através do Jornalismo.

3. Recentemente, você foi finalista no Prêmio de Comunicação José Luiz Setúbal, na categoria 'Profissional Texto'. Qual é a importância do reconhecimento para você?

É uma honra para mim - para nós, fui finalista com minha colega de reportagens, Carla Ruas, também gaúcha. Acho um desafio sempre fazer uma reportagem, e uma alegria quando ela é reconhecida.

4. Quais foram os maiores desafios na produção do trabalho que lhe rendeu a posição de finalista?

A reportagem finalista é fruto de meses de investigação em parceria com a Carla Ruas e com uma cientista de dados ambientais e pesquisadora, a Tatiane Moraes. Juntas, fizemos uma análise criteriosa para revelar o impacto na saúde das crianças dos agrotóxicos usados nas lavouras. Essa reportagem foi financiada com recursos de uma organização norte-americana que apoia mulheres jornalistas no mundo todo, a International Women Media Foundation (IWMF).

Carla e eu fizemos a pauta, aplicamos para a bolsa, ganhamos e apuramos juntas a reportagem, com apoio de dois veículos independentes de jornalismo ambiental, o Dialogue Earth e o InfoAmazonia. Acho que a forma como conseguimos fazer essa reportagem é um incentivo para estudantes e repórteres.

5. Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Terminar meu doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e consolidar a Matinal como um veículo de reportagens investigativas locais.

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