Na coletiva, Mascaro afirmou que a construção do filme durou 10 anos. Isso porque desejava transformar a visão de velhice associada à nostalgia e despedida "em uma fase de pulsão da vida". Para o diretor, a sociedade não aceita os mais velhos por não se encaixarem na velocidade moderna em que vivem os jovens, destacando a importância de enaltecer a beleza do envelhecimento e "permitir os corpos idosos a ganharem o mundo".
Rodrigo Santoro falou a respeito da construção de seu personagem, um homem que vive em um barco sofrendo a dor de estar distante de seu amor. Para o ator, é uma maneira de lançar um olhar na contramão do masculino tradicional. Em um filme que enaltece a feminilidade da personagem principal, Teresa, Rodrigo abordou: "Cadu é um homem que pode ser fraco, nunca tive problema com o tamanho do personagem".
O elenco também destacou a Amazônia como um personagem essencial do filme, tratando-se de uma obra cinematográfica que abraça as raízes brasileiras e latinas, incentivando que a produção latino-americana não precise recorrer a Hollywood para existir. "O cinema independente do Norte quer e merece mais destaque", finalizou Adanilo.
A equipe de Coletiva.net acompanha o 53º Festival de Cinema de Gramado, realizado de 13 a 23 de agosto, na Serra Gaúcha. Nesta edição, o apoio é da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), que enviou estudantes de Jornalismo e Publicidade e Propaganda para reforçar a cobertura. O público pode conferir matérias e entrevistas exclusivas sobre o evento no portal, repercutidas nas redes sociais - Facebook e Instagram -, além de drops em Coletiva.rádio.