Em situação financeira crítica, Adjori-RS tem três possíveis soluções

Associação pode ter sua sede em Porto Alegre leiloada

Secretário-executivo da Adjori-S, Vladimir Cunha dos Santos - Divulgação/Coletiva.net

A Associação dos Jornais do Interior do Rio Grande do Sul (Adjori-RS) vem enfrentando uma situação financeira crítica há alguns anos. Processos trabalhistas e dívidas com a Receita Federal e com a Prefeitura de Porto Alegre são alguns dos motivos que levaram a entidade à atual conjuntura. De acordo com o secretário-executivo da associação, Vladimir Cunha dos Santos, há três possíveis soluções para o problema, e uma delas é o leilão do prédio onde a entidade está sediada, no centro da Capital.

Vladimir comentou, em entrevista exclusiva ao Coletiva.net, que outra saída seria a união dos associados em uma arrecadação solidária. "Há quem não queira se desfazer do prédio, os mais saudosos, e até sugeriram fazer doações para pagarmos um processo trabalhista, que é o nosso maior encargo atual", informou. Porém, até o momento, nenhum diretor de jornal se apresentou para isso. A entidade conta com 240 veículos associados, no entanto, o secretário-executivo comentou que mais da metade está inadimplente com a mensalidade no valor de R$ 50.

O processo trabalhista é de dois ex-funcionários, que atuaram na sede da colônia de férias da Adjori-RS, em Capão Novo. "Eram da relação de um antigo presidente e, quando trocou a diretoria, eles nos colocaram na Justiça e ganharam", explicou Vladimir. O valor a ser pago, unindo os dois processos, é cerca de R$ 115 mil. Com a Receita Federal, a dívida é de mais de R$ 50 mil (INSS) e com a Prefeitura chega aos R$ 30 mil (IPTU). 

Sobre o leilão do prédio, localizado na Rua Fernando Machado, Vladimir informou que ainda não tem data e que a última atualização a respeito do assunto foi no começo do ano, quando um oficial de justiça visitou o edifício para avaliar o imóvel. Esta, conforme informou o secretário-executivo, foi de R$ 950 mil e a associação ainda não recebeu nenhuma comunicação oficial, ou seja, não há data definida para o leilão.

Atualmente, a Adjori-RS conta com três funcionários, todos trabalhando como Pessoa Jurídica. Além de Vladimir, tem uma pessoa responsável pelos projetos comerciais, como o jornal da entidade, e uma secretária. "Depois da mensalidade dos associados, uma das principais receitas é a colônia de férias, contudo, somente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. No restante do ano, é despesa", analisou o secretário-executivo.

A entidade está sob a administração do vice-presidente Jair Francisco de Souza, que assumiu a associação após o presidente eleito, Renato Cesar de Carvalho, ser hospitalizado, há quase dois meses, vítima de uma bactéria. A próxima eleição da entidade ocorrerá em julho de 2020 e o dirigente em exercício é candidato. Ainda não há indícios de oposição, conforme Vladimir.

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